cola2

Pessoal, encontrei um post em um blog que mostra a brutal diferença de conteúdo entre a Coca-Cola normal (sacarose = açúcar) e a Coca-Cola Zero (adoçante artificial = ciclamato de sódio + acessulfame K + aspartame).

O autor do vídeo derrama em uma panela o conteúdo de uma garrafa de Coca-Cola, primeiro a normal e depois a Zero, depois ele aquece o refrigerante até a completa ebulição da água contida na mistura.

Ao final, a Coca-Cola normal deixa como resíduo uma quantidade enorme de açúcar e a Coca-Cola Zero apenas uma pequena quantidade de resíduo sólido que deve corresponder ao adoçante artificial ciclamato de sódio.

Não quero ficar fazendo aqueles posts de “ai meu Deus, não tomem mais Coca porque ela corrói os dentinhos”, até porque isso é muita quimiofobia (existe essa palavra?).

Bom, assistam ao vídeo e depois eu tecerei alguns comentários químicos sobre os diversos tipo de adoçantes que podem ser encontrados em refrigerantes.

Sacarose

Saccharose2.svg

É o nosso açúcar de mesa, produzido a partir da cana-de-açúcar (aqui no Brasil).

É um alimento com elevado conteúdo calórico, o que significa que quando consumido em excesso pode causar obesidade.

Também está associado a problemas dentários (cáries), excesso de açúcar no sangue e até mesmo diabetes. Leia mais aqui.

Ciclamato de Sódio

410px-Cyclamate_Structural_Formulae_.V.1.svg

 É um adoçante artifical não-calórico, descoberto em 1937 e amplamente utilizado na indústria alimentícia. Pode sofrer variações de temperatura sem se degradar substancialmente, razão pela qual é utilizado na preparação de diversos alimentos industriais.

Além disso, possui poder de adoçamento 30 vezes superior à sacarose. A dose diária recomendada é de 0,7 mg/kg de massa corpórea.

Ao ser consumido, não deixa sabor residual (como o faz a sacarina). Em 1969, o FDA retirou essa substância da lista de substâncias seguras para o consumo.

EDIT: No entanto, 55 países continuam permitindo o uso desse adoçante.

Sacarina sódica

248px-Saccharin.svg

Adoçante artificial descoberto em 1878.

É cerca de 300 vezes mais doce que a sacarose, mas deixa um gosto residual “metálico”.

A sacarina é instável quando aquecida, mas não reage quimicamente com outras substâncias presentes nos alimentos.

Para mascarar o sabor metálico, é misturada numa proporção de 10:1 com ciclamato sódico.

Também é usada em conjunto com aspartame em bebidas carbonatadas (refrigerantes).

Como ela passa direto pelo sistema digestivo sem ser absorvida, é (ou tem sido) amplamente utilizada por pessoas portadoras de diabetes, que não podem fazer uso da sacarose mas sentem necessidade de alimentos com sabor doce.

Alguns estudos apontam que a sacarina induz câncer de bexiga em ratos.

Por conta disso. o FDA exige que alimentos que contenham esse adoçante rotulem tais produtos e alertem os usuários para o risco de desenvolvimento dessa doença.

Acessulfame de potássio (acessulfame K)

200px-AcesulfameK.svg

Descoberto acidentalmente em 1967.

Tem aproximadamente o mesmo poder de adoçamento do aspartame, 200 vezes o do açúcar. Em relação à sacarina, tem apenas 2/3 do poder adoçante dessa última.

Para mascarar o sabor residual, é misturado a outros adoçantes (aspartame, por exemplo).

É um adoçante estável frente ao calor, mesmo sob condições moderadas de acidez ou basicidade, o que o torna um excelente aditivo alimentício.

Considerado um adoçante seguro pela FDA, é criticado por alguns grupos que afirmam que o acessulfame não foi devidamente estudado quanto aos riscos de desenvolvimento de câncer.

De concreto sabe-se que ele estimula a secreção de insulina em ratos, embora os estudos não tenham observado casos de hipoglicemia nos animais.

Alguns pesquisadores acreditam que o acessulfame pode afetar o desenvolvimento pre-natal.

O adoçante passa pelo líquido amniótico ou pelo leite da amamentação e isso pode influenciar a preferência pelo sabor do adoçante quando o indivíduo atinge a idade adulta.

Publicidade