Diário de um Químico Digital 3.0

Química, TICs e outras treconologias. :)

Tabela Periódica no Houston Museum of Natural Science — 17/02/2017

Tabela Periódica no Houston Museum of Natural Science

Olá pessoal, tudo bem? 
Passei aqui hoje para compartilhar uma filmagem caseira que realizei no HMNS

O museu é muito legal, possui diversas seções (fósseis, conchas, gemas, animais espalhados, História das Américas, Química, etc).

Na seção de Química eles possuem uma Tabela Periódica que ocupa uma parede inteira,alem de uns painéis interativos digitais. 

E é essa tabela gigante que eu filmei e vou tentar compartilhar aqui no blog. 

O “diferencial” dela é a presenca de uma amostra do elemento químico puro (quando posdivel) e algum artefato tecnológico ou objeto no qual esse elemento está presente. 

São quatro videos, a saber:

1. Grupos 1 a 12 (filmagem vertical) 

2. Grupos 13 a 18 (filmagem horizontal) 

3. Lantanideos (horizontal)

4.Actinideos (horizontal) 

Como essa postagem está sendo feita via celular, devo admitir que cansei de escrever. 🙂 

Volto logo com mais material sobre a visita ao museu. 

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Por que as folhas mudam de cor? — 13/10/2016
Molécula do dia – Acrilamida — 30/09/2016

Molécula do dia – Acrilamida

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E a molécula de hoje é a acrilamida, também conhecida pelo nome IUPAC prop-2-enamida.

É um sólido cristalino branco e inodoro, solúvel em água, etanol, éter e clorofórmio.

Sofre decomposição na paresença de ácidos, bases, ferro e seus sais e de agentes oxidantes.

Também se decompõe não-termicamente formando amônia, e termicamente produz dióxido e monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio (esses últimos danosos ao ser humano).[1]

A acrilamida é classificada como uma substância extremamente perigosa nos USA (Section 302 of the U.S. Emergency Planning and Community Right-to-Know Act(42 U.S.C. 11002)).[1]

Em 2002, a presença de acrilamida em alimentos tostados/torrados baseados em amido foi detectada.

Durante o processo de tostagem (caramelização, cozimento, gratinagem, queima, etc) , uma série de reações químicas conhecidas coletivamente por Reações de Maillard (falarei delas no futuro) produz, dentre várias outras substâncias, a acrilamida.[2]

Outra importante fonte de acrilamida é encontrada nos cigarros (portanto, evitem fumar).

A acrilamida é comumente ligada a vários tipos de câncer, embora os níveis dessa substância em alimentos seja alarmante, não é possível ainda determinar se o consumo dos mesmos esteja diretamente ligado ao surgimento dessa doença em seres humanos.

Isso é muito importante, pois é comum lermos em sites sensacionalistas que ingerir alimentos tostados causa câncer e, por conseguinte, um sentimento quimiofóbico se instala nas pessoas (o que é um desserviço à ciência).

Do ponto de vista tecnológico, a acrilamida pode ser usada para sintetizar vários tipos de poli(acrilamida).

Essas são muito utilizadas como espessantes solúveis em água, também encontram uso no tratamento de água servida industrial, eletroforese em gel, fabricação de papel, processamento de minérios, recuperação de óleos, e manufatura de tecidos.

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Algumas acrilamidas são usadas na fabricação de corantes e de outros monômeros de importância industrial.[1]

 

Quimicamente, a acrilamida possui a seguinte fórmula molecular C3H5NO, e tem por fórmula plana estrutural

1024px-acrylamide-2d-skeletal

Bom, não quero me estender mais nessa postagem.

Por enquanto era só isso.

Agradeço a atenção e até a nossa próxima postagem.

A química do humor — 03/09/2016
Molécula(s) do dia: poli(etileno glicol) e poli(óxido de etileno) — 05/07/2016

Molécula(s) do dia: poli(etileno glicol) e poli(óxido de etileno)

O poli(óxido de etileno) ou poli(oxietileno) (sigla: PEO) e o poli(etileno glico) (sigla:PEG) são polímeros sintéticos de grande importância comercial.

Antes de eu falar de detalhes técnicos desses materiais, sugiro que assistam o vídeo abaixo:

Se você quiser saber mais sobre o PEO/PEG, clique no link abaixo…

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O que acontece quando misturamos Coca-Cola com alvejante? — 11/01/2016

O que acontece quando misturamos Coca-Cola com alvejante?

Para começar 2016, uma reação interessante que encontrei pela internet.

Posts envolvendo Coca-Cola não são necessariamente uma novidade no blog (alguns exemplos: 1, 2 e 3 ).

No entanto, esse mostra o quão poderosa pode ser essa singela solução de hipoclorito de sódio usada na composição dos alvejantes de roupas (veja esse post sobre o hipoclorito).

Vamos entender o que está acontecendo?

Coca-Cola contém corantes na sua composição, dentre eles o famoso Corante Caramelo IV (um potencial agente carcinogênico – [1]).

Esse corante é obtido pelo aquecimento de açúcares até a formação de uma coloração escura típica dos caramelos.

Uma das substâncias presentes no Corante Caramelo IV é a molécula 4-metil-imidazol (abaixo).

No entanto, a reação que produz o “caramelo” a partir dos açúcares (reação de Maillard) produz compostos com diversas ligações duplas e simples alternadas, e isso confere a cor escura à mistura de compostos. 

4-Methylimidazole.svg

A adição do alvejante (básico, pH em torno de 11) ao copo de Coca-Cola (que é um meio ácido), faz com que o hipoclorito de sódio do alvejante sofra degradação e produza oxigênio gasoso (e provavelmente gás cloro, que é tóxico).

O oxigênio é uma molécula formada por dois átomos de oxigênio, tendo por fórmula molecular O2.

O oxigênio é muito reativo e, não surpreendentemente, reage com as moléculas do 4-metil-imidazol (e as demais moléculas de cadeia longa do corante) destruindo as ligações duplas presentes nessa(s) molécula(s).

O fato é que a cor do imidazol (e das demais moléculas associadas) é justamente dependente das ligações duplas carbono-carbono e carbono-nitrogênio (chamamos a isso de grupos cromóforos – que ajudam a dar cor).

Destruídas essas ligações, a(s) nova(s) molécula(s) é(são) incolor(es) no espectro visível.

Acredito eu que o alvejante ajude a destruir a cor do imidazol (e moléculas associadas) também com radicais livres de cloro, mas isso é história para outro post.

Agradeço a todos pela constantes visitas ao blog e pelas 2100 curtidas na nossa página no facebook (http://fb.com/digimarcio).

Via ScienceDump

P.S.:Post editado para incluir algumas sugestões do meu colega Josoé Borba que manja muito desse assunto. Valeu, Josoé!

E para finalizar 2015, alguns fogos de artifício — 31/12/2015

E para finalizar 2015, alguns fogos de artifício

http://sciencenotes.org/wp-content/uploads/2013/05/FireworkChemistry.png
FONTE

Pessoal, eu sou contra estourar bombas e assemelhados em qualquer tipo de comemoração.

Mas, alguns sparklers (bastão que solta faíscas quando queimado e muito comum em festas de aniversário) não fazem mal a ninguém.

 

 

 

Ok, 10000 sparklers é um pouco mais do que “alguns”.

Foi o que fez esse carinha do canal Slivki Show, juntou 10000 belezinhas dessas em um recipiente, foi pro meio do mato e queimou-os.

Deixo-os com o vídeo e despeço-me de todos prometendo voltar em 2016 com mais postagens legais.

Via GIZMODO

Let it go, let it go. E o castelo da Elsa (não) desmoronou… — 31/10/2015

Let it go, let it go. E o castelo da Elsa (não) desmoronou…

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Título estranho para um post em um blog de Química, não?

Pois é, mas faz muito sentido. Vocês verão logo em seguida.

Quem tem uma filha em casa sabe que o filme Frozen é uma febre, uma mania.

As meninas adoram cantar as músicas do filme, adoram se vestir como a personagem principal (Elsa de Arendele) e adoram todos os brinquedos relacionados que o comércio oferece.

Em suma, tudo que diz respeito ao tal filme interessa às meninas.

E eu vou usar esse filme para ensinar um pouco de físico-química.

Para continuar lendo, clique no link a seguir e siga meu raciocínio (e um pouco da história de Frozen):

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Uma reconstrução em escala do sistema solar que ocupa 7 milhas de deserto — 22/09/2015

Uma reconstrução em escala do sistema solar que ocupa 7 milhas de deserto

Semana passada andou rolando um vídeo mostrando os bastidores da construção de uma gigantesca maquete de sistema solar construída por dois caras (Alex Gorosh e Wylie Overstreet) no Deserto Black Rock (estado de Nevada – USA).

A ideia surgiu porque as representações mais comuns mostram os planetas desproporcionalmente grandes em relação às órbitas que eles descrevem em torno do Sol.

Sem mais delongas, dá pra dizer que a representação deles ficou fantástica.

DICA: Não esqueça de ativar as legendas do vídeo.

FONTE

IMAGEM

O poder das microondas — 15/09/2015
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