Diário de um Químico Digital 3.0

Química, TICs e outras treconologias. :)

Churrasco assado na lava (que delícia) — 31/07/2014

Churrasco assado na lava (que delícia)

Dois malucos (Bompas & Parr) que vivem preparando comida das maneiras mais absurdas que se pode conceber, resolveram assar alguns cortes selecionados de carne em lava ardente.

Imaginem a supervelocidade com que a carne fica pronta nessa simpática fonte de calor (1.148,9ºC).

Não satisfeitos, ainda assaram espigas de milho!!!

Essa “arte” foi levada a cabo em um equipamento montado na Syracuse University pelo professor de artes Robert Wysocki e pelo professores de Ciências da Terra Jeff Karson, que mantêm o Syracuse University Lava Project.

Sem mais delongas, assistam ao vídeo do churrasco.

FONTE, FONTE2

Truques legais para fazer com água tônica — 03/07/2014

Truques legais para fazer com água tônica

Nesse post aqui, eu falei sobre como criar bolhas de sabão fantasmagóricas usando tinta de caneta marca-texto.

Também falei que era possível usar apenas água tônica. Pois bem, no post de hoje eu vou mostrar como se pode alguns truques legais usando a água tônica.

Mais sobre a quinina na sequência do post:

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Regata Termodinâmica – uma proposta de ensino de Físico-Química através de projetos — 17/06/2014

Regata Termodinâmica – uma proposta de ensino de Físico-Química através de projetos

Galera, estou escrevendo esse post para divulgar o trabalho de um colega, o Prof Dr Jones de Andrade da UFRN.

E do que se trata o trabalho proposto pelo Prof Jones?

Simples! Dentro de uma disciplina de Físico-Química tradicional para o curso de Licenciatura em Química (edit: a turma também tinha alunos de bacharelado e de química do petróleo), o professor sugeriu aos alunos que uma parte da nota fosse obtida através do planejamento, elaboração, construção e testagem de um barco movido a motor de explosão combustão.

O barco deveria ser capaz de atravessar um laguinho artificial, que existe na reitoria da universidade, apenas com a propulsão gerada pelo motor.

Os barcos deveriam ser construídos com material caseiro, não podiam ser comprados já prontos e o relatório contendo todos os cálculos termodinâmicos dos ciclos inerentes a cada tipo de motor deveria ser feito em vídeo.

Para isso, o Prof lançou mão das TIC (sigla para Tecnologias da Informação e Comunicação), criando um canal no YOUTUBE para hospedar os relatórios em vídeo e o teste dos barcos no lago da reitoria.

É esse canal que eu quero divulgar aqui, o REGATA TERMODINÂMICA.

Para deixar um gostinho do trabalho desenvolvido pelo professor e seus alunos, vou colocar aqui o vídeo de um barco movido a motor de combustão (ciclo de Stirling) cujo nome de batismo foi Fuleco. 🙂

Aqui o vídeo da travessia:

Aqui o vídeo do relatório, contendo todos os cálculos e detalhes técnicos:

Claro que esse não foi o único objetivo do projeto, resoluções de exercícios de Físico-Química SEM CALCULADORA e com tutoria do professor também fizeram parte das atividades da disciplina.

A ideia por trás dessa iniciativa era melhorar as habilidades matemáticas dos alunos, que normalmente chegam com dificuldades para realizar cálculos nas disciplinas de graduação. O estímulo para resolver os exercícios era, mais uma vez, uma parcela da nota total.

O legal, pelo que pude observar nos vídeos, é que os alunos lançaram mão de várias tecnologias para a elaboração dos mesmos. Como a disciplina não é de TIC, mas sim de Físico-Química, ela não se limitou a provocar a aprendizagem apenas de conteúdos teóricos, mas proporcionou também a oportunidade de explorar as TIC na elaboração de material didático digital (eu vi que usaram até screencasts ali).

E quem lê o blog ou acompanha a página no facebook sabe o quanto eu gosto de utilizar as TIC na elaboração de material didático e também para facilitar a aprendizagem.

Resta dar os parabéns ao Prof Jones e aos seus corajosos alunos que aceitaram embarcar nessa jornada.

Live long and prosper! \/

 

 

Bolhas de sabão fantasmagóricas — 04/06/2014

Bolhas de sabão fantasmagóricas

E aí, que tal aprender a fazer umas bolas de sabão assustadoramente divertidas?

É difícil? Claaaaro que não!

Primeiro, assista ao vídeo abaixo. Depois darei a receita e algumas explicações.

Você só vai precisar da tradicional mistura composta por sabão líquido, água e xarope de glicose (o famoso Karo aqui no Brasil).

O ingrediente que torna as bolhas em bolhas-fantasma é um líquido preparado a partir de canetas marca-texto (a cor amarela é a melhor) e álcool. Ah, após soprar sua bolha, de preferência no escuro, arranje uma lâmpada de luz negra ou um led que emita radiação ultravioleta e aponte para as bolhas, você vai observar um efeito similar ao do vídeo.

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Fiquem agora com a explicação (quase) científica na sequência do post.

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Hélio líquido, um fluido muito estranho — 21/05/2014

Hélio líquido, um fluido muito estranho

O gás Hélio é muito conhecido por sua utilização em balões festivos e por deixar com voz de pato quem o traga (graças à velocidade de propagação do som diferenciada nesse meio).

Mas ele também é usado na forma líquida como refrigerante de dispositivos médicos e de instrumentos científicos.

O que é menos sabido é que ele possui dois diferentes estados líquidos, um dos quais é beeeemmm estranho.

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O estado líquido I do Hélio ocorre entre 2,18 K e 4,22 K (entre -270,97ºC e -268,93ºC). Nesse estado ele é quase invisível, os cientistas precisam fazer objetos flutuarem sobre ele para saber onde se encontra a superfície do líquido.
Isso porque esse estado é ao mesmo tempo transparente e ligeiramente mais leve que o vácuo ou a atmosfera terrestre.
Entretanto, quando ele atinge temperaturas próximas a 2.18 K que as coisas começam a ficar realmente estranhas. Esse vídeo da BBC dá uma boa ideia:
Para compreender o que está acontecendo é necessário dar-se conta que todos os fluidos que nós conhecemos possuem viscosidade. As partículas no interior do fluido interagem (podemos usar a palavra “raspar”) com as outras enquanto fluem, criando fricção.
Algumas vezes a viscosidade é óbvia, tal como observado no mel. Com a água, nós mal conseguimos observá-la, o que não significa que a água não seja viscosa, só que muito menos que outros líquidos.
Entretanto, um “superfluido” não possui viscosidade alguma. Não se trata de apenas um pouco de viscosidade, mas sim de absolutamente nenhuma viscosidade.
O estado líquido II do Hélio contém uma mistura de material superfluido e não-superfluido.  Inteiramente livre de forças friccionais o Hélio II escala as paredes, passa através de orifícios que bloqueiam o avanço do Hélio I, e conduz calor um milhão de vezes melhor que o Hélio I e centenas de vezes mais facilmente que elementos químicos metálicos.
Ah, e eu já falei que ele produz uma fonte “sem fim”?
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Para saber mais sobre o Hélio, continue a ler o post.

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Visualizando músicas com fogo — 19/05/2014

Visualizando músicas com fogo

Ei, você aí! Você mesmo que gosta de ouvir música no seu computador!

É bem provável que você já usou um player como o winamp e ficou viajando no analisador de espectro sonoro dele com o modo “fire” ativado.

spectrum analizer

Pois é, esses caras do vídeo a seguir seguiram à risca a ideia de visualizar música com fogo e adaptaram a ideia do tubo de Rubens (mais sobre ele após o vídeo) para criar um plano de fogo que muda de acordo com o som que está sendo executado no player.

Antes de mais enrolação, vejam o vídeo:

O físico alemão Heinrich Rubens criou o tubo (cheio de orifícios) que usa fogo para visualizar ondas planas de som.

Quando não existe som passando pelo tubo, as chamas erguem-se todas à mesma altura.

Quando um som passa através do tubo, a forma das ondas sonoras afeta a quantidade de gás que alimenta cada orifício do tubo.

No ponto de máximo deslocamento da onda (anti-nó), a pressão do gás varia.

A pressão é máxima quando a onda atinge uma crista e o gás é empurrado para o buraco, o que força mais combustível para fora e causa um aumento pronunciado na chama.

Quando a onda sonora está abaixo do máximo (crista), ela suga o gás de volta e a chama tem gás e oxigênio suficiente para permanecer queimando até que uma nova onda sonora atinja uma crista (máximo) naquele ponto novamente.

A parte da onda que cruza a linha mediana e permanece inalterada é chamada de nó. Essa área no tubo de Rubens não tem flutuação de pressão suficiente e permanece relativamente baixa.

O volume do som desempenha um papel importante na forma como as chamas se comportam. A descrição acima aplica-se quando o volume é alto, mas se o som que entra é baixo, a crista da onda não vence a pressão oposta do orifício, e os anti-nós parecem menores que os nós.

O aparato do vídeo tem 2.500 orifícios distribuídos em uma mesa quadrada e plana, ao contrário do tubo de Rubens que têm os orifícios distribuidos linearmente.

FONTE

O que acontece ao corpo após a morte? — 05/05/2014

O que acontece ao corpo após a morte?

Sei que corro o risco de chocar algumas pessoas com a animação abaixo, mas não posso deixar de postar aqui essa explicação interessantíssima sobre alguns dos processos químicos que ocorrem com o corpo após a morte.

É algo inevitável, é algo que ocorre sem exceção com todos os humanos.

É a derradeira ação do humano após a cessação das funções vitais.

Como químicos, devemos investigar também essa realidade.

Fiquem com o vídeo a American Chemical Society e postem nos comentários o que vocês acharam.

Via Science Dump

O que acontece se jogarmos um ímã em ferrofluido? — 30/04/2014

O que acontece se jogarmos um ímã em ferrofluido?

Ok, alguns de vocês já devem ter percebido que eu tenho um certo apreço pelo assunto (veja posts antigos sobre o tema: AQUI, AQUI e AQUI).

Dessa vez, apresento um vídeo bem simples sobre o mesmo tema.

Um cara resolveu atirar um ímã dentro de um copo de Becker contendo ferrofluido e os resultados são bem legais.

Confiram na sequência do post.

DNA explicado por uma bela animação — 26/04/2014

DNA explicado por uma bela animação

Três minutos é um tempo curto para explorar um assunto que muitos doutores apenas conseguem arranhar a superfície, então o escritor Andrew S. Walsh juntou forçar com o biólogo molecular Dr Matthew Adams para criar um roteiro que descrevesse os elementos necessários para compreender não apenas a forma e a função do DNA mas como nossa compreensão dessas descobertas tem afetado o mundo.

Enquanto esse tempo de duração pode paracer restritivo, a equipe descobriu que essa limitação atuou como uma lente, focando no essencial do assunto.

A série “The Explainer” é projetada para intrigar e informar, encorajar aqueles que descobrem os documentários com o objetivo de explorar através de links que levam a informações adicionais encontradas no site da BBC (referente ao projeto).

Para quem não entende muito bem o locutor, vai aí uma transliteração aproximada do texto.

DNA é o manual de instruções para o “como construir a vida”.

De micróbios a plantas, indo até seres humanos. Ele nos define por completo.

O conjunto completo de instruções codificado no DNA do organismo é chamado de GENOMA.

Ele é passado dos pais para os filhos durante a reprodução.

Informação é armazenada no DNA usando apenas quatro tipos de moléculas (Adenina, Timina, Citosina e Guanina) que ocorrem aos pares.

Existem bilhões desses pares, organizados em uma estrutura de dupla hélice, que é ao mesmo tempo forte e compacta.

Esses pares também permitem cada “cordão” dessa dupla hélice agir como uma cópia de segurança da outra, de uma forma notável e eficiente. 

A fim de salvaguardar essa preciosa informação genética.

O DNA se dobra em pacotes chamados de CROMOSSOMOS.

Eles são armazenados no núcleo da célula.

Diferentes espécies possuem diferentes números de cromossomos.

Humanos possuem 23 pares de cromossomos.

Cromossomos contém muitos genes.

Um gene é uma seção do DNA que informa as instruções para uma PROTEÍNA.

Proteínas são essenciais para a vida e realizam uma enorme quantidade de trabalhos.

Desde controlar as funções de uma única célula a determinar a forma de um organismo inteiro.

Dentro de uma espécie cada organismo tem DNA muito semelhante.

Nos seres humanos, a diferença entre uma pessoa e outra é uma fração de 1% (em torno de 0,1%).

Mas isso é o que nos faz indivíduos, dando-nos diferentes características faciais, cor de cabelo e altura.

A unicidade do nosso DNA pode ser usada como uma “impressão digital” para identificar com um impressionante nível de certeza.

Pela leitura do DNA, os cientistas descobrem e compartilham sequências não apenas dentro da nossa espécie mas em outras formas de vida sobre a Terra.

Chimpanzés, um dos nossos mais próximos parentes, compartilha cerca de 9,6% de DNA conosco.

Mas nós também temos genes em comum com peixes, plantas e bactérias.

Fortes evidências de que toda a vida veio de um único ancestral universal existente há bilhões de anos atrás.

Nós não só aprendemos como ler o manual de instruções da vida mas podemos rescrevê-lo também.

As pessoas têm manipulado DNA mesmo antes de saber que ele existia.

Reproduzindo seletivamente plantas e animais a fim de manifestar traços (características) desejáveis.

Agora, a engenharia genética nos permite alterar DNA diretamente no laboratório, criando novas variedades de vida.

De plantas que podem resistir a pragas e secas, a bactérias que podem produzir substâncias em massa para salvar vidas humanas. Mas nós ainda não sabemos o que todo o DNA faz.

Longas sequências de DNA que não produzem nenhum tipo de proteína e têm sido rotuladas, provavelmente de forma errônea, como “lixo” (junk).

Algumas pessoas estão preocupadas com essas  lacunas no nosso conhecimento e com problemas imprevisto que, eles acreditam, que organismos geneticamente modificados podem causar.

O que está claro é que o manual de instruções para a vida é mais sutil, elegante e complexo que poderíamos ter possivelmente imaginado. O DNA revelou muitos dos seus segredos, mas nós ainda temos muito a aprender

FONTE

Como os vírus atacam nossas células? — 19/04/2014

Como os vírus atacam nossas células?

Achei esse vídeo muito simpático que explica como isso acontece.

Deixo-o como um presentinho de Páscoa aos leitores do blog.

Via SPLOID