Diário de um Químico Digital 3.0

Química, TICs e outras treconologias. :)

Fervendo água com fogos de artifício (dica:não isso faça em casa) — 19/08/2015

Fervendo água com fogos de artifício (dica:não isso faça em casa)

O carinha do canal Crazy Russian Hacker mostra como impedir que a água apague uma vela do tipo Sparkle usando apenas fita adesiva.

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Claro que a ciência sempre fica mais divertida quando a gente potencializa o experimento.

Ele pega várias velas e as enrola na mesma fita adesiva.

Após acender, coloca na água e temos um excelente aparato de ferver água improvisado. 🙂

Claro que nem preciso dizer que não se deve fazer isso em casa, né?

 

Vi no Blogando Ciência.

P.S.: Tem uma outra postagem aqui no blog mostrando um experimento similar mas de maior porte.

Ácido sulfúrico destruindo uma esponja em câmera lenta — 18/08/2015

Ácido sulfúrico destruindo uma esponja em câmera lenta

Nesse vídeo do pessoal do canal SlowMo Guys (dos quais já postei outro vídeo), uma singela esponja é atacada sem dó nem piedade por ácido sulfúrico concentrado (H2SO4).

O ácido sulfúrico é um ácido forte e extremamente corrosivo.

A esponja é composta por material polimérico derivado do petróleo.

Sendo assim, ela possui diversas ligações químicas C-H e C-C, as quais são facilmente atacadas pelo ácido sulfúrico em estado concentrado.

Vi a postagem no IFL Science.

Por quê o gelo flutua na água? — 11/08/2015

Por quê o gelo flutua na água?

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Na maioria das vezes, uma substância quando no estado sólido é mais densa que a sua versão no estado líquido.

Como resultado disso, o sólido afunda se colocado em contato com o seu líquido.

No caso da água, a história é diferente.

Nesse vídeo do TED-Ed, você vai aprender o porquê desse comportamento estranho da água.

Não esqueça de ativar as legendas em português.

Quer entender melhor? Eu conto mais na sequência do post, é só clicar.

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Crie suas próprias explosões (sem correr risco algum) — 06/07/2015

Crie suas próprias explosões (sem correr risco algum)

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Nesse vídeo, lançado pela BBC, você pode brincar de cientista e misturar substâncias como Hidrogênio, Sódio, Enxofre, Nitrogênio, Cloro, Oxigênio, Iodo e Alumínio e gerar belas e divertidas explosões.

E, como diz o título da postagem, você não correrá risco algum. Tudo é realizado em vídeo, então não precisa se preocupar com a sujeira nem com o efeito das explosões no seu quarto.

Clique em um dos elementos apresentados na tela inicial e, em seguida, clique em um segundo elemento.

Não importa se ocorre ou não reação entre os elementos, você será redirecionado para um outro vídeo que narra (em perfeito inglês britânico) se a reação ocorre ou não ocorre (aparece um balão escrito N/R).

Divirtam-se!

Dia do químico 2015 — 18/06/2015

Dia do químico 2015

Por Digichem

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Olá pessoal, tudo bem?

Estou aqui hoje para comemorar o dia do Químico.

Antes de mais nada, parabéns!

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No Brasil, comemora-se essa profissão no dia 18/06, devido ao fato de ter sido nessa data que em 1956 foram criados os Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Química, responsáveis por tornar essa profissão reconhecida em âmbito federal.

E para não deixar passar em branco a data, resolvi homenagear a categoria falando sobre químicos famosos que aparecem em obras da ficção.

Gostou? Leia mais na sequência:

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Um motor a vapor que é pura poesia — 22/04/2015

Um motor a vapor que é pura poesia

Por Digichem

Apenas assistam, pois as palavras estragariam a poesia que é esse motor exibido no vídeo abaixo:

Esse motor, todo em vidro, foi criado por Will Fludgate e Dave Barnett na empresa BioChem Glass.

Se você já ouviu falar em ciclos térmicos (Carnot, Diesel, Otto, etc) e nunca entendeu do que se tratam todas aquelas etapas de aquecimento, expansão gasosa, resfriamento e contração de volume, acho que agora dá pra compreender um pouco melhor.

Em um post futuro podemos tratar desse assunto de uma forma didática.

É possível cozinhar uma salsicha a 180ºC em uma panela sem tampa? — 11/03/2015

É possível cozinhar uma salsicha a 180ºC em uma panela sem tampa?

Por: Digichem

Assistindo a um programa na TV aberta no domingo, me deparei com uma matéria na qual uma profissional do ramo da nutrição dava dicas de como preparar um bom cachorro-quente. Essa senhora recomendava que a salsicha a ser utilizada na preparação do mesmo fosse adicionada à água previamente aquecida a 180ºC.

O problema é que ela estava usando uma panela convencional sem tampa. E aí eu me lembrei que a água entra em ebulição a 100,0ºC à pressão de 1 atmosfera (que é igual a 101,325 kPa ou 1,01325 bar). Como essa panela continha água convencional e estava aberta (ou seja, não era uma panela de pressão), eu me perguntei o quão absurda era essa alegada temperatura de 180ºC necessária para ferver a simpática salsicha (ou vina, como diriam os amigos paranaenses).

Fiz até uma postagem sobre isso no meu perfil pessoal do facebook e obtive incríveis 121 curtidas e uma série de comentários divertidos dos meus amigos químicos e não químicos. Na minha postagem eu disse que essa afirmação da nutricionista doeu direto no meu “diagrama de fases da água”.

Alguns entenderam, outros ficaram literalmente “boiando” sem entender a brincadeira.

Quer entender mais? Então clique no link a seguir e continue lendo a postagem:

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A beleza da tensão superficial — 02/02/2015

A beleza da tensão superficial

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Tensão superficial, um fenômeno de superfície que muita gente conhece mas não sabe nem pronunciar o nome direito.

Antes de tentar explicar em palavras simples, vamos assistir ao vídeo (que é a desculpa para escrever esse post) abaixo:

Ele foi filmado por pesquisadores do Departamento de Química & Bioquímica da Arizona State University.

O objetivo deles era desenvolver métodos mais eficientes para cortar e separar proteínas de fluidos biológicos.

No vídeo, os pesquisadores usaram uma superfície hidrofóbica de Teflon e uma faca com uma superfície super-hidrofóbica para realizar o feito.

Aqui tem outro vídeo dos mesmos autores mostrando uma tentativa de bisseccionar (só queria uma desculpa pra usar uma palavra bonita) outra gota de água, só que usando uma faca comum.

Surgem agora algumas questões que precisam de respostas:

1) Do que é feita essa faca Ginsu que corta até água?

2) O que é “hidrofobia”?

3) Por quê uma faca corta e outra não?

4) Onde é que entra essa tal de “tensão superficial” na jogada?

Como diria nosso bom e velho amigo Jack (não o Sparrow, mas o Ripper), vamos por partes…
1) Do que é feito a faca ninja? Os pesquisadores criaram várias facas, mas a que se saiu melhor foi uma com corpo de polietileno, zinco e cobre. A lâmina foi mergulhada em uma solução de nitrato de prata e em uma solução superhidrofóbica chamada HDFT por 20 segundos, depois lavada e seca com ar. Assim, eles garantiram uma faquinha super especializada em cortar água.

Tá, mas e esse negócio de “cortar água”? Que raio é isso?

2) O que é hidrofobia?

Bom, esse termo é composto das raízes gregas hydro = água e fobos = aversão, medo. A tradução seria “aversão à água”.

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A faca especial usada no vídeo é altamente avessa à água, tanto que quando entra em contato com ela faz com que a gota (ou suas metades) seja repelida.

3) Por quê uma faca corta e outra não?

Ora, porque a outra faca não tem uma superfície tratada para se tornar hidrofóbica. Imagine que a faca que corta foi recoberta com uma fina camada de gordura animal. Você já viu água e gordura se misturarem?

Claro que não, a gordura é hidrofóbica e, portanto, repele a água.

4) E o que a “tensão superficial” do título desse post tem a ver com tudo isso?

Simples. A tensão superficial é uma coisa que se observa em todos os líquidos.

Para entender melhor o que é esse fenômeno, vamos pensar em uma gota de água sobre uma superfície toda engordurada.

A gota de água tem aversão à gordura da superfície e, portanto, tende a entrar o mínimo possível em contato com a superfície engordurada.

Dessa forma, a gota vai assumir uma forma o mais próxima possível da forma esférica.

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Se eu quiser que a gota de água se espalhe melhor sobre a superfície gordurosa e forme um filme líquido, eu precisarei exercer uma força para espalhar melhor essa gota.

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(Na imagem, a gota da direita está sobre uma superfície engordurada ou hidrofóbica e não a molha. Na esquerda, temos água sobre uma superfície hidrofílica, e a molha completamente.)

Existem líquidos que exigirão uma força maior para que esse espalhamento aconteça, outros líquidos exigirão uma força menor.

Essa força a ser exercida dividida pelo comprimento que se quer dar ao filme líquido será chamado de tensão superficial.

Um líquido com uma elevada tensão superficial indica que para aumentar minimamente o tamanho do filme líquido será necessário exercer uma força elevada sobre ele.

E qual a origem da tensão superficial?

Bem, todas as substâncias possuem moléculas que interagem entre si.

O fato é que as moléculas que ficam no interior do líquido sentem essas forças de forma mais ou menos parecida em todas as direções (isso se chama de isotropia).

As moléculas que ficam na superfície do líquido ficam no que chamamos de interface. Na interface, as moléculas da fase líquida não possuem moléculas acima dela (a não ser umas poucas que estão na fase gasosa).

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Essa “ausência” de moléculas faz com que as moléculas da interface sofram uma espécie de desequilíbrio de forças. As moléculas da interface vão interagir apenas com moléculas “abaixo” delas, fazendo com que o somatório de forças aponte para o interior do líquido (bulk).

De forma bem simples, as moléculas da interface ficam mais coesas entre si e macroscopicamente (a olho nú) é como se elas formassem uma película.

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E é essa “película” que as facas mostradas no vídeo se dedicam a “cortar”.

A faca que consegue cortar a gota possui uma superfície extremamente hidrofóbica e consegue “romper” essa “película” formada pela coesão das moléculas de água da superfície.

O sucesso da faca em separar a gota em duas está no fato de que sua lâmina foi preparada de tal forma que quando a água toca na lâmina, ao invés de se espalhar e molhar a superfície metálica da mesma ela forma uma película coesa e não molha a faca.

Pelo contrário, o líquido faz o máximo possível para não se espalhar sobre a lâmina da faca, como se fugisse do contato com a lâmina.

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Como o operador da faca está exercendo uma força (descomunal para a pobre gotinha de água, snif), à medida que a lâmina desce em direção à superfície de Teflon a gota vai efetivamente sendo separada em duas.

Se você quiser ler outros artigos sobre esse tema, sugiro que cliquem AQUIAQUI, AQUI e AQUI (ufa).

FONTE

A ligação química do escudo do Capitão América é finalmente explicada pela ciência (não, espera aí…) — 31/01/2015

A ligação química do escudo do Capitão América é finalmente explicada pela ciência (não, espera aí…)

Por: Márcio Martins

Escudo-do-Capitão-AméricaPeraí, você tá vendo a imagem acima e pensou que entrou no blog errado?

Isso aqui não é um blog de Química, Ciências e o escambau? O que que tem a ver um personagem de ficção com a temática desse blog?

Ora, muita coisa. Eu quero falar sobre o novo tipo de ligação química recentemente confirmada (e não descoberta, porque ela já foi prevista há uns 30 anos atrás).

E esse novo tipo de ligação química tem uma grande relação com a explicação dada para as propriedades fantásticas do escudo do Capitão América.

Quer saber mais? Então, clique no link e continue lendo essa postagem:

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É possível soltar fogos de artifício debaixo da água? — 16/01/2015

É possível soltar fogos de artifício debaixo da água?

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SPOILER ALERT!!!!!!!!!!!!!!!!

É! 🙂

Assista ao vídeo abaixo e tenha um bom final de semana.

P.S.:Não tentem fazer em casa! 🙂

P.S.2: No Brasil, soltar fogos de artifício e/ou explosivos na água para fins de pesca é crime e, portanto, proibido!

FONTE