Um post light pra dar uma retomada no blog!
Abraços digitais!
Um post light pra dar uma retomada no blog!
Abraços digitais!
Caros amiguinhos do blog, eu estava sumido desde a virada do ano.
Vim aqui hoje para compartilhar a minha última criação, uma vídeo-aula sobre geometria molecular segundo o modelo VSEPR (Valence Shell Electron Pair Repulsion).
Estou testando uma nova traquitana tecnológica que adquiri recentemente, uma mesa digitalizadora.
Essa vídeo-aula foi criada em parte com esse aparelho e com o software gratuito Open Board.
Deixo-vos com o vídeo e agradeço a atenção.
Ho, ho, ho! Ferro-Lítio-Zinco-Sódio-Titânio-Alumínio para todos!
Tá, chega de piadas nerds infames. Hoje vou mostrar uma bela e clássica reação química.
Trata-se da reação de deslocamento do íon prata (em solução aquosa) pelo cobre metálico.
E o que isso tem a ver com Natal? Ora, o vídeo abaixo e que deu origem a essa postagem foi feito com um fio de cobre em formato de pinheirinho de Natal. 😛
Divirtam-se:
E é isso aí! Voltaremos assim que possível com mais posts natalinos!
O pessoal da página Química Analítica Qualitativa Inorgânica UFRJ repassou um link muito interessante que leva a um jogo de tabela periódica.
Eu joguei a versão que desafia o jogador a colocar todos os elementos na posição correta.
A pontuação máxima possível é 300, cada erro desconta dois pontos do total.
Eu ando meio enferrujado e fiz só 290 (que triste). 🙂
Existem ainda outros 3 jogos possíveis:
Recomendo a brincadeira a todos que são apaixonados pela Química.
Ah, eu já ia me esquecendo do link: http://goo.gl/GjWpXK
Hipoclorito de sódio é um composto salino cuja fórmula mínima é NaClO.
O principal uso do hipoclorito de sódio é como desinfetante/alvejante, aparece como ingreditente principal das águas sanitárias.
Aqui no RS, uma das marcas mais icônicas de água sanitária é a Qboa. (Não, eu não ganhei nada de $$$ para fazer divulgação desse produto.)
O que são alvejantes?
Eles são uma mistura de produtos químicos, sendo que o principal constituinte é uma solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) cuja concentração varia de 3 a 6% (massa/volume = 3-6 g de NaOCl por 100 mL de solução aquosa).
Muitas vezes, pequenas quantidades de hidróxido de sódio (NaOH – a famosa soda cáustica), peróxido de hidrogênio (H2O2 – água oxigenada) e hipoclorito de cálcio [Ca(ClO)2].
Os alvejantes são usados para descolorir roupas ou tecidos, branquear ou desinfetar roupas e superfícies, e é um dos produtos mais utilizados na limpeza de cozinhas e banheiros.
Na agricultura o hipoclorito de sódio é usado amplamente.
A indústria química, de tintas, de cal, de alimentos, de vidro, de papel, farmacêutica, de produtos sintéticos e de tratamento de resíduos também utilizam em grande escala esse produto.
No caso do tratamento de resíduos, o hipoclorito de sódio é adicionado com o fim de reduzir odores, desde que o NaOCl neutraliza o gás sulfídrico (H2S – cheiro de ovo podre) e a amônia (NH3 – cheiro de peixe).
Também é utilizado para desentoxicar banhos de cianeto usados no processo de galvanização, e para prevenir o crescimento de algas e cracas em torres de refrigeração.
Em piscinas e reservatórios de água, serve para purificar e manter limpos os estoques desse precioso líquido.
Quem inventou os alvejantes?
Em 1785, o francês Claude Louis Bertholet lançou o primeiro alvejante baseado em hipoclorito de sódio.
O produto, batizado de “liqueur de javel” (licor de alvejante), foi utilizado inicialmente para branquear algodão, mas logo começou a se popularizar e aser usado para branquear outras fibras naturais e também para remover manchas de roupas.
Na Fraça, hipoclorito de sódio ainda é conhecido por “eau de Javel” (água de alvejante).
Qual a aparência do hipoclorito de sódio?
É um pó branco que dissolve bem em água e rende uma solução de cor amarelado com odor característico.
Diferentes concentrações de hipoclorito de sódio apresentam diferentes potenciais em termos de efeito alvejante.
Para uso doméstico, o alvejante costuma conter 5% de hipoclorito de sódio, o pH (índice que indica a acidez de soluções) da água sanitária fica em torno de 11 (básico).
Além disso, o contato com a pele pode provocar irritações.
Alvejante concentrado (10-15% de hipoclorito de sódio) é altamente alcalino (básico, pH em torno de 13) e é tão corrosivo que pode queimar a pele ao mais simples contato.
Como ele é produzido?
O processo original desenvolvido por Bertholet envolvia passar gás cloro (Cl2) através de uma solução de carbonato de sódio (Na2CO3), mas a solução resultante de hipoclorito de sódio era muito fraca. De fato, a adição de gás cloro à água rende tanto ácido clorídrico (HCl) quanto ácido hipocloroso ((HClO).
Cl2 + H2O HOCl + HCl(aq)
Adição de sal a esta mistura permite a formação de uma solução aquosa de hipoclorito de sódio.
Do equilíbrio abaixo, você pode ver que a adição de ácidos a essa solução levará à reação à produção de gás cloro (à esquerda na reação abaixo).
Cl2 + 2 NaOH NaCl + NaOCl + H2O
Assim, para que a reação prossiga no sentido direto (produção de hipoclorito) é necessário adicionar álcalis (bases), tais como o NaOH.
Um método de produção mais efetivo foi inventado na década de 1890 por E.S. Smith e envolvia eletrolisar uma solução salina para produzir NaOH e gás cloro, os quais eram misturados para formar o hipoclorito.
Nos dias atuais, o único método de escala industrial usado para a produção de hipoclorito é chamado de processo Hooker, e é apenas uma versão melhorada do processo de Smith.
Neste, o gás cloro (Cl2) é passado por uma solução resfriada de NaOH (hidróxido de sódio), formando o hipoclorito de sódio (NaOCl), com cloreto de sódio (NaCl – sal comum) como principal subproduto.
A reação de desproporcionamento (O Cl2 é simultaneamente oxidado e reduzido) é completada através de eletrólise, e a mistura deve ser mantida abaixo de 40ºC para prevenir a formação indesejada de clorato de sódio (NaClO3).
Cl2 + 2 NaOH NaCl + NaOCl + H2O
Como o alvejante funciona?
O hipoclorito de sódio é altamente reativo, e também é muito instável.
Se deixado exposto à atmosfera, o gás cloro “evapora” da solução a uma taxa considerável, e se for aquecido o hipoclorito de sódio produz sal comum e oxigênio. Isso também acontece quando ele entra em contato com ácidos, luz solar, certos metais, muitos gases, e é uma das razões pelas quais a água sanitária pode ser usada em larga escala – após o uso ela se decompõe em produtos benignos (sal e água) os quais podem ser despejados no sistema de esgotos sem problemas.
O alvejante funciona de diversas maneiras. O ácido hipocloroso (HClO) é um agente oxidante muito forte (até mais forte que o gás cloro – Cl2), e pode reagir com e destruir muitos tipos de moléculas, incluíndo os corantes orgânicos presentes nas roupas.
Também o íon hipoclorito se decompõem em cloreto (Cl-) e em uma forma muito reativa de oxigênio:
2ClO– 2Cl– + O2
O HClO (e em menor extensão o Cl2 e o oxigênio ativo) podem então ativar as ligações químicas de um composto colorido (e eles costumam possuir muitas ligações duplas conjugadas prontinhas para sofrer ataque químico), ou destruir os grupos cromóforos (a parte da molécula que confere cor ao composto por doação ou remoção de densidade eletrônica), ou convertendo as ligações duplas nos cromóforos em ligações simples, fazendo com que a molécula perca a capacidade de absorver luz visível.
Quando ele reage com micróbios, o hipoclorito de sódio ataca as proteínas das células causando a agregação destas e dos micróbios e fazendo com que eles morram.
Ele também pode causar a “queima” das membranas celulares. Esse ataque de amplo espectro faz com que o alvejante seja efetivo contra uma enorme gama de bactérias.
O hipoclorito de sódio é alcalino, e a água sanitária também contém NaOH para fazer a solução ficar ainda mais alcalina.
Duas substâncias são formadas quando o hipoclorito de sódio se dissolve em água: Elas são o ácido hipocloroso (HClO) e o íon hipoclorito (OCl–), a proporção das duas substâncias é determinada pelo pH da solução.
Efeitos colaterais perigosos
NH3 + NaOCl NaOH + NH2Cl
NH2Cl + NaOCl NaOH + NHCl2
NHCl2 + NaOCl NaOH + NCl3
Outra reação possível com alguns produtos caseiros, tais como surfactantes e fragrâncias produz compostos orgânicos voláteis clorados (VOCs), tais como o tetracloreto de carbono (CCl4) e o clorofórmio (CHCl3), os quais podem ser danosos à saúde.
No entanto, o benefício gerado pela limpeza e desinfecção dos cômodos da sua casa provavelmente valem o risco corrido pela presença dessas substâncias na área de serviço (principalmente o risco de formação de VOCs).
A água sanitária pode reagir violentamente com peróxido de hidrogênio para produzir gás oxigênio O2::
H2O2(aq) + NaOCl(aq) NaCl(aq) + H2O(l) + O2(g)
No Brasil, se você necessitar de auxílio técnico para a manipulação de substâncias potencialmente tóxicas ou letais, contate o CIT da sua região através dos contatos abaixo:
Centros para buscar atendimento nas capitais
Região Sudeste
Belo Horizonte
Serviço de Toxicologia de Minas Gerais Endereço: avenida Professor Alfredo Balena, 400 – 1º andar – Santa EfigêniaHospital João XXIIITelefone: (31) 3224-4000 / (31) 3239-9308 / 3239-9224 / 0800-722-6001
São Paulo
Centro de Assistência Toxicológica – Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São PauloEndereço: Hospital das Clínicasavenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 647 – 3º andar – Instituto da Criança – PinheirosTelefone: (11) 3069-8571 / 3088-7645 / 0800-148-110
Vitória
Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo – TOXCENEndereço: Hospital Infantil Nossa Senhora da GlóriaAlameda Mary Ubirajara, 205 – Santa LúciaTelefone: (27) 3137-2400 / 3137-2406 / 0800-283-9904
Região Sul
Curitiba
Centro de Controle de Envenenamentos de CuritibaSupervisora: Drª Marlene EntresEndereço: Hospital de Clínicas da UFPRRua General Carneiro, 180Telefone: (41) 3264-8290 / 3363-7820 / 0800-410-148
Florianópolis
Centro de Informações Toxicológicas de Santa CatarinaEndereço: Universidade Federal de Santa Catarina – Hospital Universitário – Bairro TrindadeTelefone: (48) 3721-9535 / 3721-9173 / 3331-9083 / 3331-9173 / 3331-9535 / 0800-643-5252
Porto Alegre
Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do SulEndereço: Rua Domingos Crescêncio, 132 – 8º andar – SantanaTelefone: (51) 2139-9200 até o 9299 / 0800-721-3000
Região Norte
Belém
Centro de Informações Toxicológicas de BelémEndereço: Hospital Universitário João de Barros BarretoRua dos Mundurucus, 4487 – GuamáTelefone: 0800-722601 / (91) 3249-6370 / 3259-3748
Manaus
Centro de Informações Toxicológicas do AmazonasEndereço: Hospital Universitário Getúlio Vargasavenida Apurinã, 4 – Praça 14Telefone: (92) 3622-1972 / 3621-6502 / 3621-6500 / 0800-722-6001
Região Nordeste
Aracaju
Centro de Informação e Assistência Toxicológica de SergipeEndereço: avenida Tancredo Neves, s/nº – Hospital Governador João Alves Filho – CapuchoTelefone: (79) 3259-3645 / PABX do Hospital (79) 3216-2600 Ramal 2677
Fortaleza
Centro de Assistência Toxicológica de FortalezaEndereço: Instituto Dr. José FrotaRua Barão do Rio Branco, 1816 – CentroTelefone: (85) 3255-5050 / 3255-5012
João Pessoa
Centro de Assistência Toxicológica da ParaíbaEndereço: Hospital Universitário Lauro WanderleyCidade Universitária – Campus ITelefone: (83) 3216-7007 / 3224-6688 / 3262-0555 / 0800-722-6001
Recife
Centro de Assistência Toxicológica de PernambucoEndereço: Hospital da Restauração – 1º andarAvenida Agamenon Magalhães, s/nº – DerbyTelefone: (81) 3181-5458 / 3181-5400
Salvador
Centro de Informação Anti-Veneno da BahiaEndereço: Hospital Geral Roberto SantosRua do Saboeiro, s/nº – CabulaTelefone: (71) 3387-4343 / 3387-3414 (diretoria) / 0800 284-4343
Teresina
Centro de Informações Toxicológicas (Citox)Endereço: Rua 19 de novembro, 1865 – Bairro PrimaveraTelefone: (86) 3221-9608 / 3216-3660 / 3216-3662 / 0800-280-3661 (Vig. Sanitária)
Região Centro-Oeste
Brasília
Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Distrito FederalEndereço: LACEN-DF – SGAN – nº 601 Norte Telefone: (61) 3225-6512 / 3325-6773/ 0800 644-6774
Campo Grande
Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do SulEndereço: Hospital Regional do Mato Grosso do SulAvenida Engenheiro Luthero Lopes, 36 – Bairro Aero RanchoTelefone: (67) 3386-8655 / 3378-2558 / 3318-1670 / 0800-722-6001
Cuiabá
Centro de Informação Anti-Veneno de CuiabáEndereço: Hospital Municipal e Pronto Socorro de CuiabáAvenida General Vale, 192 – Bairro BandeirantesTelefone: (65) 3051-9454 / 3051-9450 / 3617-1374 / 0800- 722-6001
Goiânia
Centro de Informações Tóxico-Farmacológicas de GoiásEndereço: Superintendência de Vigilância SanitáriaAvenida Anhanguera, 5195 – Setor CoimbraTelefone: (62) 3291-4350 / 3201-4110 / 3201-4111/ 0800-646-4350
Há um bom tempo atrás eu publiquei um vídeo interessantíssimo sobre o lançamento de um projeto chamado 94 elementos.
Você pode conferir o post original aqui.
Para recapitular a história, existem 94 elementos químicos que ocorrem naturalmente em nosso planeta.
A ideia dos produtores é fazer um vídeo de altíssima qualidade sobre cada um desses elementos e de seu impacto em nossas vidas.
O vídeo que eu escolhi para mostrar hoje é sobre o Gadolínio, esse desconhecido.
O Gadolínio é um elemento geralmente injetado em pessoas que vão passar por uma sessão de ressonância magnética nuclear, pois ele ajuda a criar um constraste melhor nas imagens.
Ele permite diferenciar entre tecidos sadios e tecidos doentes. Graças a isso os médicos podem diagnosticar doenças. Legal saber que um elementos químico tão desconhecido do povão pode ajudar a salvar vidas, não é?
É isso mesmo que você leu, nossos átomos vieram das estrelas.
O autor dessa frase clássica é o grande escritor Carl Sagan, um dos caras que mais me fez admirar a ciência quando eu era criança.
No início do Universo, com o tal do Big Bang (a grande explosão), surgiram os primeiros átomos de hidrogênio.
Daí para a frente, incontáveis bilhões de anos se passaram até que o “combustível” das estrelas entrasse em processo de escassez (pode até demorar, mas o hélio dos núcleos solares um dia acaba) e acontecesse a “extinção” desse material.
Outros incontáveis bilhões de anos se passaram até que novas e sucessivas reações de fusão nuclear produzissem o átomo mais pesado que é possível produzir através de fusão e com balanço energético favorável, o Ferro.
Bom, o fato é que depois que os núcleos estelares entram em decadência, dependendo do raio da estrela, eles esfriam e acabam se tornando imensas fontes de minerais.
É daí que surgiram os diversos elementos químicos encontrados em nosso planeta e em corpos celestes similares.
Como eles se espalharam? Bom, isso é assunto para outro post informal como esse.
Para entender com mais facilidade o que falei acima, assisam ao vídeo do Neil de Grasse Tyson, um dos maiores divulgadores da ciência da atualidade.
Para quem não o conhece, digamos que ele ficou famoso por ter se tornado o personagem central de um meme graças a uma pose feita durante uma entrevista.
Então, da próxima vez que disserem que você não é nada, pare e pense o seguinte:
Você é filho das estrelas e é mais uma parte do Universo.
Se você está aqui, é porque as reações nucleares prepararam o caminho para que tudo que o rodeia e até mesmo o seu corpo pudesse tomar forma.
Independente de crenças pessoais, essa é a mais bela verdade que o Cosmo colocou à disposição de todos nós:
Do pó estelar viemos e para o pó estelar retornaremos!
Obrigado a todos por acompanharem sempre este blog.
Um excelente novo ano e que em 2013 possamos continuar a falar sobre esses e outros surpreendetes fatos científicos.
P.S.: A ideia para esse post veio do HypeScience.
Esse vídeo procura facilitar ensino de Astronomia e Química, deixa de lado os personagens clássicos da física como Aristarco, Galileu Galilei e Isaac Newton para dar lugar a um jovem guitarrista que quer entender como surgiu o ferro que existe no seu sangue e também nas cordas da sua guitarra. Desenvolvido dentro das comemorações do Ano Internacional da Química, o trabalho é uma colaboração entre o IAG e a Universidade Federal do ABC. É Ilustrado por Marlon Tenório.
Encontrei no excelente Dia a Dia Educação.
Você já ouviu falar deles?
Não?!?!
Então convido-os a aprender um pouco mais sobre eles nessa excelente apresentação do aluno Henrique Ramirez Mença, que cursou a minha disciplina de Química Inorgânica neste segundo semestre de 2011.
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