Diário de um Químico Digital 3.0

Química, TICs e outras treconologias. :)

Telescópio Espacial Chandra flagra buraco negro em ação a 32 milhões de anos-luz da Terra — 17/08/2011

Telescópio Espacial Chandra flagra buraco negro em ação a 32 milhões de anos-luz da Terra

O Telescópio Espacial Chandra fez a primeira imagem em raios-X de gás cósmico sendo absorvido por um buraco negro. A fotografia ajuda astrônomos a entender o crescimento e o comportamento dos buracos negros, segundo a agência espacial americana (Nasa).

O buraco negro estudado fica no centro de uma grande galáxia a 32 milhões de anos-luz da Terra, conhecida como NGC 3115.

Estudos anteriores já tinham mostrados material sendo sugado pelo buraco, mas nunca antes uma imagem tinha deixado tão claro que se tratava de gás quente. Isso empolga os cientistas porque ajuda a medir o tamanho do buraco negro: ele tem uma massa cerca de dois milhões de vezes maior do que o nosso Sol.

Imagem detalha o buraco negro no centro da galáxia NGC 3115 (Foto: NASA/CXC/Univ. of Alabama/K. Wong et al; Optical: ESO/VLT)

Imagem detalha o buraco negro no centro da galáxia NGC 3115 (Foto: NASA/CXC/Univ. of Alabama/K. Wong et al; Optical: ESO/VLT)

 

 

 FONTE

 

 

 

 

Cientistas “transmutam” ácidos em bases — 09/08/2011

Cientistas “transmutam” ácidos em bases

Notícia veiculada no Portal Dia a Dia Educação via Inovação Tecnológica:
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Químicos conseguiram realizar em laboratório um feito que até agora era considerado impossível: eles transformaram em bases uma família de compostos que normalmente são ácidos.

Como todos podem se lembrar de suas aulas de química, ácidos são o oposto químico das bases.

Ácidos viram bases

Mas o Dr. Guy Bertrand e seus colegas da Universidade de Riverside, nos Estados Unidos, fizeram ácidos virarem bases.

“O resultado é totalmente contra-intuitivo,” comentou o Dr. Bertrand. “Quando eu apresentei recentemente os resultados preliminares desta pesquisa em uma conferência, o público estava incrédulo, dizendo que era algo simplesmente inatingível.

“Mas nós conseguimos: nós transformamos compostos de boro em compostos similares ao nitrogênio. Em outras palavras, nós fizemos ácidos se comportarem como bases”.

Compostos do elemento boro são ácidos, enquanto compostos de nitrogênio ou fósforo, por exemplo, são básicos.

O feito abre caminho para uma série totalmente nova de reações químicas, com aplicações potenciais na indústria farmacêutica e de biotecnologia, na fabricação de novos materiais e novos catalisadores, apenas para citar alguns exemplos.

“É quase como transformar um átomo em outro átomo,” diz Bertrand.

Catalisadores

O pesquisador é especialista em catalisadores.

Representação tridimensional de uma molécula de ácido que foi modificada para base.

A “alquimia” que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico. [Imagem: Science]

Um catalisador é uma substância – geralmente um metal, ao qual se ligam íons ou compostos – que permite ou facilita uma reação química, mas não é consumida e nem alterada pela reação em si.

Embora apenas cerca de 30 metais sejam usados para formar os catalisadores, os íons ou moléculas de ligação, chamados ligantes, podem ser contados aos milhões, permitindo a criação de numerosos catalisadores.

Atualmente, a maioria desses ligantes compõe de materiais à base de nitrogênio ou fósforo.

“O problema com o uso dos catalisadores à base de fósforo é que o fósforo é tóxico e pode contaminar os produtos finais”, disse Bertrand. “Nosso trabalho mostra que agora é possível substituir ligantes de fósforo em catalisadores por ligantes de boro. E o boro não é tóxico,” explica o pesquisador.

Revolução na catálise

A “alquimia” que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico.

“As pesquisas com catálise têm avançado em pequenos passos incrementais desde a primeira reação catalítica, feita em 1902 na França. Nosso trabalho é um salto quântico na pesquisa de catálise porque uma vasta família de novos catalisadores agora passa a estar disponível.

“Quais tipos de reações esses novos catalisadores à base de boro são capazes de facilitar é algo que ainda não se sabe. O que se sabe é que eles são potencialmente numerosos,” conclui Bertrand.

Abismo educacional entre classes sociais — 08/08/2011

Abismo educacional entre classes sociais

Notícia veiculada no site da BBC Brasil via Google News.
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Com a adesão de cerca de 40 milhões de pessoas na última década, a classe média tornou-se majoritária no Brasil, englobando 52% da população. Mas a ambição do grupo por novas chances de ascensão pode ser bloqueada pelo abismo educacional que o separa da classe alta, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE).

Feito com base na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), de 2009, o levantamento revela que, embora os índices educacionais da classe média tenham avançado bastante nos últimos anos, seguem distantes dos da classe alta: ao passo que 87% dos brasileiros mais ricos concluem o ensino médio, apenas 59% da classe média alcançam o mesmo estágio.

 

O grupo também fica muito atrás quanto a anos de estudo e gastos com educação. Enquanto cada membro da classe média despende, em média, R$ 52 com educação por mês, entre os mais ricos, o gasto chega a R$ 220.

Batizada de A Classe Média em Números, a pesquisa traça os perfis das três faixas de renda brasileiras (baixa, média e alta) conforme critérios educacionais, habitacionais e regionais e define como classe média os brasileiros com renda familiar mensal entre R$ 1.000 e R$ 4.000.

Segunda faixa mais numerosa, a classe baixa representa 34% da população; já a classe alta é engloba 12% do total dos brasileiros.

Acesso às universidades

Para o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros, “o acesso à educação é a grande diferença entre as classes média e alta”.

Segundo ele, o levantamento mostra que a classe média dá crescente importância à educação – o grupo vem investindo quantias cada vez maiores com os estudos.

 

Para reduzir a distância que a separa da classe alta, porém, Paes de Barros diz ser necessário dar maior ênfase à qualidade do ensino médio público e ampliar o acesso da classe média às universidades e ao ensino técnico.

O acesso à cultura também se mostra uma grande barreira entre os dois grupos: enquanto cada integrante da classe média gasta R$ 37 por mês com recreação e cultura, os mais ricos gastam R$ 127.

Nesse caso, o secretário afirma que a classe média tem a desvantagem de crescer mais em cidades médias e pequenas, onde a oferta de bens culturais é menor. “Precisamos ver como levar cultura até eles”, disse à BBC Brasil.

Bens e serviços

A pesquisa revela ainda disparidades entre os grupos populacionais quanto ao acesso a bens e serviços.

Apenas 30% da classe média tem acesso à internet em casa, índice bem inferior ao da classe alta (72%). O telefone fixo está presente em 48% dos domicílios de classe média e em 81% dos lares mais ricos.

Há ainda diferenças significativas no acesso a saneamento adequado (76% na classe média, 92% na alta) e gastos com saúde (R$ 135 por mês por pessoa na classe média, R$ 438 na alta).

Dois novos elementos químicos na tabela periódica — 17/06/2011

Dois novos elementos químicos na tabela periódica

Recebi a dica pelo facebook e repasso a todos vocês. (Valeu Tatiele!)

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Tabela periódica ganha dois elementos altamente radioativos – Foto: Getty Images

Por Olavo Guerra

Após três anos de estudos entre a União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês) e a União Internacional de Física Pura e Aplicada (Iupap, na sigla em inglês), dois novos elementos foram adicionados à tabela periódica.

Ainda sem nomes oficiais, os elementos são altamente radioativos e só existem por menos de um minuto, antes de se transformarem em átomos leves. Os elementos estão sendo chamados temporariamente de ununquadium e ununhexium.

Os detalhes das pesquisas foram publicados no jornal Pure and Applied Chemistry (em inglês).

Nos últimos anos, laboratórios têm pedido a inclusão de novos elementos químicos nas posições 113, 114, 115, 116 e 117 da tabela periódica. O grupo que trabalhou nas pesquisas concluiu que apenas os elementos 114 e 116 completavam os critérios para inclusão oficial na tabela.

Além da Iupac e da Iupap, também trabalharam no estudo uma equipe de cientistas do Joint Institute for Nuclear Research (Jinr), na Rússia, e outro time de pesquisadores da Lawrence Livermore National Laboratory, nos Estados Unidos.

Artigo original em PDF:

 

FONTE

 

Site mostra onde fica o posto de coleta de lixo tecnológico mais próximo da sua casa — 02/05/2011

Site mostra onde fica o posto de coleta de lixo tecnológico mais próximo da sua casa

Não custa divulgar, né?

Vi no site MSN Brasil (tava vendo fotos do Bin Laden morto, hehehe).

Passo a transcrever a notícia na íntegra:

Sem destinação adequada, e-lixo pode contaminar o solo e as águas, trazendo danos para a natureza

Se você é viciado em tecnologia e se preocupa com o meio ambiente, saiba que o Instituto Sergio Motta em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo criaram um site que encontra os locais mais próximos da sua casa para você se livrar daquele celular velho que, se jogado no lixo, pode contaminar o solo, a água e o ar com substancias tóxicas.

 

 

O site funciona desde março de 2010 e utiliza a plataforma Google Maps para encontrar os postos de coleta de lixo eletrônico mais próximos. Para saber onde descartar, basta inserir o seu CEP e o tipo de resíduo – baterias, pilhas, celulares, computadores, etc -, para ter acesso a relação dos locais de descarte.

 

O lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo, são todos aqueles equipamentos eletrônicos que não possuem mais utilidade, e se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminar o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana.

 

Um bom exemplo é quando uma bateria de celular é jogada em aterros não controlados. Os metais tóxicos podem contaminar o solo e atingir o lençol freático, interferindo na qualidade dos mananciais. Caso a água venha a ser utilizada na irrigação, criação de gado ou mesmo no abastecimento público, o homem pode ser afetado.

 

Segundo o Instituto Sergio Motta, o número de postos de coleta de lixo eletrônico computados pelo site eram poucos no começo, mas atualmente existem mais de 700 locais cadastrados só na Grande São Paulo.

 

Agora não tem mais desculpa na hora de descartar seu lixo eletrônico: http://www.e-lixo.org/

Ah, só vale para o estado de São Paulo!

 

50 anos da primeira viagem espacial tripulada por humano — 13/04/2011

50 anos da primeira viagem espacial tripulada por humano

Há exatamente 50 anos, o cosmonauta russo Yuri Gagarin (com 27 anos na época) decolou da base (Cosmódromo) de Baikonur, às 09:07 (hora local).

Baikonur

 (Aqui estão as coordenadas para quem quiser pesquisar no google maps: 45.880449,63.314209)

A bordo da nave Vostok I, ele circundou a Terra a uma velocidade de 27.400 kilômetros por hora. O voo durou 108 minutos. 

A órbita completa da nave pode ser visualizada nessa figura chupinhada da Wikipedia.

A nave Vostok I pode ser vista abaixo. (Por acaso eu tinha um caminhão de ferro que puxava um foguete muito similar a este, na época em que eu era criança.)

Como vocês podem ver, a nava só tinha condições de decolar e o pobre russo teria que realizar o pouso de forma muito arriscada.

Exatamente a 7000m de altitude, ele foi ejetado do módulo espacial em uma cadeira dotada de para-quedas.

A equipe de resgate o aguardava no solo, mas teve que se deslocar 400 km para conseguir salvar o cosmonauta.

Dizem que um camponês foi testemunha do pouso do astronauta, o coitado ficou tão assustado que pensou que Gagarin fosse um alienígena.

Dada a importância do feito de Gagarin e dos russos, o Google lançou até um doodle especial (abaixo).

Doodle_gagarin

Ah, também consultei esse blog muito legal aqui, ó!

 

Elsevier desqualifica 11 artigos científicos de um grupo brasileiro — 11/04/2011

Elsevier desqualifica 11 artigos científicos de um grupo brasileiro

Deu no blog Retraction Watch, mas li mesmo foi na timeline do Facebook do Rodrigo Leal, meu colega de profissão.

A editora Elsevier desqualificou 11 artigos de Química de um grupo brasileiro, pois detectou inúmeros indícios de fraude nesses trabalhos.

Os artigos estão em revistas de outubro de 2009 em revistas como “Journal of Colloid and Interface Science” Immobilization of 5-amino-1,3,4-thiadiazole-thiol onto kanemite for thorium(IV) removal: Thermodynamics and equilibrium study, de autoria de Denis L. Guerra, Marcos A. Carvalho, Victor L. Leidens, Alane A. Pinto, Rúbia R. Viana, and Claudio Airoldi.

A Elsevier deixa bem claro quais são os critérios para tomar tal atitude, é só clicar no link a seguir para ler. http://www.elsevier.com/locate/withdrawalpolicy

A seguir, uma lista de papers considerados fraudulentos pela editora:

– Journal of Colloid and Interface Science 337 (2009) 122–130

– Inorganic Chemistry Communications 12 (2009) 1145–1149

– Journal of Environmental Radioactivity 101 (2010) 122–133

– Process Safety and Environmental Protection 88 (2010) 53–61

– Journal of Physics and Chemistry of Solids 70 (2009) 1413–1421

– Applied Surface Science 256 (2009) 702–709

– Inorganic Chemistry Communications 11 (2008) 20–23

– Inorganic Chemistry Communications 12 (2009) 1107–1111

– Journal of Hazardous Materials 172 (2009) 507–514

– Journal of Hazardous Materials 171 (2009) 514–523

– Journal of Colloid and Interface Science 338 (2009) 30–39

Não é preciso dizer que a publicação de um artigo em revistas indexadas internacionalmente é um importante fato na vida de um pesquisador, bem como uma das pedras fundamentais da pesquisa científica mundial. Os editores da revista definiram políticas e linhas-de-guia éticas que devem ser obedecidas pelos autores e editores e ela faz de tudo para que essas normas sejam cumpridas por todos.

Eles reuniram provas conclusivas de fraude e decidiram denunciar tais artigos em suas revistas.

É possível encontrar diversos outros papers do mesmo grupo brasileiro que não foram retirados de circulação pela Elsevier, incluindo um no Journal of Hazardous Materials publicado recentemente,  “Organofunctionalized Amazon smectite for dye removal from aqueous medium–kinetic and thermodynamic adsorption investigations.”

Alguns desses artigos receberam mínima atenção de outros pesquisadores. Entretanto, um paper de 2008 no Inorganic Chemistry Communications, Performance of modified montmorillonite clay in mercury adsorption process and thermodynamic studies,” foi citado 31 vezes, de acordo com o Web of Science.

Os editores da Elsevier contataram o autor, da UNICAMP, por e-mail. De acordo com o pesquisador, no ano passado um jovem pesquisador português acusou o grupo de Airoldi de ter fabricado imagens de RMN em 11 artigos, particularmente para os átomos de carbono e sílica.

 Os espectros usados nas imagens estavam errados, disse o cientista português. Airoldi disse que ele era apenas um usuário da técnica de RMN e que nunca tinha utilizado-a incorretamente.

Os paers estavam entre aproximadamente 21 que Airoldi escreveu com Guerra, na época um estudante de graduação, o qual está agora na Universidade Federal de Mato Grosso. Guerra não foi encontrado para dar um pronunciamento. Já Airoldi alega ter mais de 400 publicações, e disse que ele convidou o professor português para escrutinar os dados em busca de evidências de fraude, mas não recebeu resposta também.

Airoldi defendeu-se e ao seu colega Guerra, dizendo que eles “não fabricaram os espectros”. O pesquisador português, de acordo com ele, estimulou a Elsevier “na direção” de um julgamento de fraude.

Airoldi, por sua vez, disse por e-mail:univ

Agora eu estou em más condições em minha Universidade e talvez venha a sofrer algumas restrições.

Disco de óxido de titânio armazena até 25 terabytes — 14/08/2010

Disco de óxido de titânio armazena até 25 terabytes

Vi essa notícia no TechNinja e não tive maior tempo para procurar mais informações, então vou fazer uma coisa que não gosto que é copiar.

Researchers develop 25TB titanium-oxide disc

Uma equipe de pesquisadores japoneses criaram um material que pode ser utilizado para criar discos de armazenamento de custo baixo que podem armazenar até 25 terabytes de dados!

O material – descrito como uma nova forma de cristal de óxido de titânio – pode mudar de metal para semicondutor e vice-versa quando exposto à luz.

“Uma material que muda de acordo com a luz pode ser usado em aparelhos de armazenamento, já que as cores refletem luz diferentemente para armazenar diferentes informações. (Portanto isto é) bastante promissor como um material para a próxima geração de dispositivos de armazenamento”, disse Shin-ichi Ohkoshi, professor de química da Universidade de Tóquio.

“O preço de mercado do óxido de titânio é praticamente um centésimo dos elementos raros usados em discos Blu-ray e DVDs regraváveis (germânio, antimônio, telúrio). (Então) você não precisa se preocupar em procurar metais raros. Óxido de titânio é barato e seguro, além de já ser usado em vários produtos, variando de pó facial até tinta branca”.

Ohkoshi ainda afirmou que ele planeja iniciar conversas com companhias privadas a respeito da potencial comercialização do material.