Diário de um Químico Digital 3.0

Química, TICs e outras treconologias. :)

Festival do Minuto – Crie seu vídeo com o tema “Ciência” e concorra a um laptop — 05/09/2012

Festival do Minuto – Crie seu vídeo com o tema “Ciência” e concorra a um laptop

Ciência é novo tema de concurso do Festival do Minuto 

 Participantes concorrem a seis laptops como prêmios

 O concurso tem apoio da FAPESP e as inscrições vão até o dia 27 de outubro

Acesse o site do concurso: 

http://www.festivaldominuto.com.br/contests/258?locale=pt-BR

 

Ciência. É só pensar no termo que já vem à cabeça um laboratório, um rato para experiências e um cientista maluco de avental branco? Pois ciência é muito mais do que essa visão estereotipada, já que nos deparamos com ela nas mínimas coisas do dia a dia – da lâmpada elétrica ao telefone celular, do banho quente aos tratamentos de saúde, da conservação ambiental ao uso da internet. Por isso, o termo pode trazer inúmeras ideias para criar belos vídeos de um minuto. É no que aposta o novo concurso do Festival do Minuto. 

Mas, afinal, o que é ciência? Mesmo que sua definição seja bastante abrangente, podemos dizer que ciência é o resultado do esforço humano para aumentar o que se sabe sobre determinado assunto com base em um método científico, ou seja, na observação, no questionamento e no raciocínio lógico. É desse conhecimento que resultam boa parte das descobertas e das invenções. Em resumo, ciência também é resultado da nossa criatividade.

Por isso, para participar do festival, nada melhor do que deixar a imaginação fluir sobre qualquer ciência, seja ela exata, humana ou sobre a vida. Ciência da computação, engenharia, física, matemática, química, zootecnia, botânica, biologia, antropologia… E, como sempre, valem vídeos de 60 segundos em qualquer formato: filmes de animação, vídeos feitos com câmeras digitais, celular, ipad etc. O que vale, mais uma vez, é a criatividade. O concurso segue aberto a pessoas de todas as idades, com inscrições até o dia 27 de outubro.

 

FAPESP: 50 anos de apoio à pesquisa

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma das mais importantes agências brasileiras de apoio à pesquisa científica. Criada em 1962, a FAPESP, ao longo dos seus 50 anos, concedeu cerca de 105 mil bolsas de pesquisa – da graduação ao pós-doutorado – e apoio a mais de 92 mil auxílios para pesquisadores do Estado de São Paulo. O apoio é dado a pesquisas em todas as áreas das ciências, bem como tecnologia, engenharia, artes e humanidades. A FAPESP também apoia pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o País, por meio de programas em grandes temas, como biodiversidade, mudanças climáticas e bioenergia.

Para saber mais, acesse www.fapesp.br.

 

Sobre o Festival do Minuto

O Festival do Minuto foi criado no Brasil, em 1991, e propõe a produção de vídeos com até um minuto de duração. É, hoje, o maior festival de vídeos da América Latina e também o mais democrático, já que aceita contribuições de amadores e profissionais, indistintamente. A partir do evento brasileiro, o Festival do Minuto se espalhou para mais de 50 países, cada um com dinâmica e formato próprios. O acervo do Minuto inclui vídeos de inúmeros realizadores que hoje são conhecidos pela produção de longas-metragens, como os diretores Fernando Meirelles (Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel), Beto Brant (O Invasor, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios) e Tata Amaral (Um Céu de Estrelas, Antônia).

Para saber mais, acesse www.festivaldominuto.com.br.

Droga sintética pode ser a primeira cura efetiva para a AIDS/SIDA — 01/09/2012

Droga sintética pode ser a primeira cura efetiva para a AIDS/SIDA

O post a seguir é uma livre tradução do artigo escrito por Erika Check Hayden, publicado em http://www.nature.com/news/drug-brings-hiv-out-of-hiding-1.10180.

A dica de postagem eu peguei com o pessoal do Canal Fala Química

————————————————————————
Um estudo tem acelerado as probabilidades de uma cura para o vírus HIV. Pela primeira vez, resultados mostram que uma droga pode dar o pontapé inicial na produção de uma forma dormente do vírus em pacientes, de tal forma que ele pode ser detectado e ataado mas facilmente pelo sistema imune.  

A descoberta foi anunciada na 19° Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Seattle, Washingotn. Mas outros estudos apresentados no mesmo evento sugerem que meramente estimular o vírus a não mais se esconder não é o suficiente para matar células infectadas — e a cura ainda estaria um pouco distante.

O HIV integra-se no genoma das células, fazendo com que as células façam novas cópias do virus quando elas transcrevem seu próprio DNA. Mas em algumas células, o HIV sobrevive por décadas em repouso, ou em latência, estado sem transcrição gênica que produz novos vírus. Isto torna as células infectadas em um “reservatório latente” invisível às defesas imunes do corpo e ao tratamento antiretroviral.

Estudos sugerem que uma droga chamada suberoilanilida do ácido hidroxâmico (SAHA) poderia tirar o vírus de sua “soneca”, mas o método ainda não foi testado em seres humanos.

<Como eu sou bonzinho, pesquisei a fórmula estrutural e o nome IUPAC da molécula)>

 

Imgsrv

Nome sistemático IUPAC: N-hydroxy-N’-phenyl-octanediamide

Fórmula Química: C14H20N2O3 

Massa Molar: 264.32 g/mol

<Sou muito bonzinho, hehehehe.>

Assim os pesquisadores liderados por David Margolis, um virologista molecular na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, tratou seis pessoas com uma dose uúnica de SAHA e testou seu efeito em células CD4+ T (células imunes que são o principal alvo de infecção pelo HIV). O estudo mostrou que o SAHA realmente iniciou a ranscrição do HIV em células CD4+ T latentemente infectadas: os pesquisadores detectaram aproximadamente 5 vezes mais transcrições do HIV nas células CD4+ T em repouso desses pacientes após o tratamento com a droga. Não foram observados efeitos colaterais graves. 

“Esse estudo fornece a primeira demonstração de prova de conceito da disrupção da latência, o que é um passo significante em direção à erradicação” do HIV do corpo, diz Margolis. 

O SAHA parece forçar o HIV a fazer cópias de si mesmo, fazendo células potencialmente infectadas se tornarem mais visíveis ao sistema imune do corpo.

Encontrar e destruir

Mas margolis e outros pesquisadores estão cautelosos sobre o que o estudo significa na busca por uma cura para o HIV. Sharon Lewin, um médico especialista em doenças infecciosas da Universidade de Monash em Melbourne, australia, está também estudando o SAHA em pacientes; até agora, 10 ingeriram a droga por duas semanas sem experimentar efeitos colaterais sérios. Mas, ele diz, nenhum estudo demonstrou ainda que a ativação de HIVlatente leva à destruição das células infectadas. 

O estudo de Margolis, diz Lewin, “estudou um número pequeno de pacientes, e apesar de ser um importante passo para mostrar que a droga causou alguma alteração na produção viral, nós ainda não sabemos como isso se traduz em como se livrar de células infectadas latentes”.

Na conferência de Seattle, Liang Shan, um pesquisador da Johns Hopkins University em Baltimore, Maryland, apresentou os resultados de um estudo, publicado no periódico Immunity<a href="http://www.nature.com/news/drug-brings-hiv-out-of-hiding-1.10180#b1&quot; title="Shan, L. et al. Immunity advance online publication http://dx.doi.org/10.1016/j.immuni.2012.01.014 (2012).”>1, no qual as células CD4+ T foram coletadas de pacientes com HIV e tratadas com o SAHA in vitro, As células não morreram, mesmo quando combinadas com as próprias células “assassinas” T, que são especializadas em destruir células infectadas por vírus. Entretanto, quando as células assassinas T foram inicialmente expostas à fragmentos do HIV, elas conseguiram destruir as células infectadas.

Siliciano está também co-liderando um teste de disulfiram (Antabuse), o qual é usado para impedir alcoólicos de beber mas tem sido usado para quebrar a latência do HIV em células.

Entretanto, em um estudo com 14 pacientes, Siliciano e seu time descobriram que o disulfiram não levou nem a um aumento significativo na produção viral nem a uma depleção da reserva de células T latentemente infectadas. A produção do vírus pareceu aumentar ao menos temporariamente em alguns pacientes dentro de algumas horas após a ingestão do disulfiram, mas ainda não está claro se a droga pode realmente ter produzido um efeito tão rápido assim. O grupo examinará essa questão em seis participantes adicionais, diz Adam Spivak, um outro médico infectologista da Universidade de Utah em Salt Lake City, que apresentou os resultados na conferência.

Hires_reduced_m0500418-hiv_viruses_red_-spl

Cura combinada?

Muitos pesquisadores do HIV acreditam que uma combinação de métodos será provavelmente requerida para erradicar o HIV do corpo.

“O que nós podemos precisar é um método de duas etapas no qual uma droga ativa a transcrição viral, e um segundo manda o sinal para o sistema imune sair à caça dessas células,” diz Spivak. 

Margolis concorda que passará algum tempo antes que os pesquisadores da área possam responder questões tais como quais combinações de drogas ativarão mais efetivamente o HIV latente, ou se essas drogas necessitarão ser usadas em conjunto com outras estratégiaspara destruir as células latentemente infectadas, e como as drogas poderiam ser administradas aos pacientes.

Uma variedade de estudos estão examinando métodos para ativação de células latentes e estão procurando por melhores drogas para fazer isso. Margolis requisitou ao US Food and Drug Administration (o famoso FDA) a permissão para administrar aos pacientes múltiplas doses de SAHA a fim de testar se isso poderia dar às células um “empurrão mais forte” para a saída da latência.  

“Existe muito interesse e excitação no campo, mas nós estamos muito no início do caminho,” diz ele.

O artigo original pode se encontrado através do código DOI: 10.1038/nature.2012.10180

Bóson de Higgs foi anunciado hoje. Será? — 04/07/2012

Bóson de Higgs foi anunciado hoje. Será?

Em 1964, seis físicos teóricos propuseram a partícula que acabou levando o nome do Prof. Peter Higgs.

_57267337_c0106218-prof

Hoje, cientistas do Large Hadron Collider anunciaram uma nova partícula subatômica que é consistente com as previsões desses teóricos.

Esta é uma das maiores descobertas científicas do século XXI, até agora.

Mas o que é exatamente este “Bóson de Higgs”, e por que os físicos de partículas gastaram mais de 40 anos procurando por ela?

Buscando trazer mais informações aos leitores do blog, resolvi traduzir esse artigo “fresquinho” do site da BBC News.

F3r8skn95d5nbrjvkp34u0v2h

  • O QUE É O BÓSON DE HIGGS?

A partícula só existe nas mentes dos físicos teóricos. Existe uma teoria “robusta” acerca de como o Universo funciona – todas as partículas que produzem átomos e moléculas e toda a matéria que nós vemos, muitas das forças que os governam, e uma pequena coleção de partículas ainda mais exóticas. Esse é o chamado “Modelo Padrão”.

Entretanto, existe um buraco evidente na teoria: ele não explica como é que algumas das partículas ganham sua massa. O mecanismo de Higgs foi proposto em 1964 por seis físicos, incluindo o teórico de Edimburgo Peter Higgs, como uma explicação para preencher esse ‘buraco.

  • QUER ENTENDER MELHOR O ASSUNTO?

ACOMPANHE A ANALOGIA A SEGUIR:

Img1

A melhor teoria dos cientistas para explicar porque coisas diferentes possuem massa é o “campo de Higgs” – onde a massa pode ser percebida como uma medida da resistência ao movimento. O “campo de Higgs” é exibido aqui como uma sala cheia de físicos conversando entre si.

Img2

Um cientista bem conhecido entra na sala e causa uma grande agitação – atraindo admiradores a cada passo e interagindo fortemente com eles – assinando autógrafos e parando para conversar com cada um.

Img3

À medida que ela torna-se rodeada por seus ‘fãs”, ela encontra mais resistência para se mover ao longo da sala – nesta analogia, ela adquire massa devido ao “campo” de fãs, com cada fã atuando como um bóson de Higgs.

Img4

Se um cientista menos popular entra na sala, apenas uma pequena parcela de público é arrecadada, com ninguém clamando por atenção. Ele sente que é mais fácil se mover ao longo da sala – por analogia, sua interação com os bósons é menor, e então ele tem uma massa menor.

FONTE DAS IMAGENS: CERN/UCL via BBC News

  • POR QUÊ A MASSA É TÃO IMPORTANTE?

Massa é, de forma bem simples, uma medida de quanta coisa um objeto – uma partícula, uma molécula ou um Yokshire Terrier – contém. Se não fosse pela massa, todas as partículas fundamentais que geram os átomos e os cãezinhos Terrier poderiam ficar zanzando por aí à velocidade da luz, e o Universo como nós o conhecemos poderina nunca ter se consendado em forma de matéria.

O mecanismo de Higgs propõe que existe um campo permeando o Universo – o campo de Higgs – que permite às partículas obter sua massa. Interações com o campo – com os bósons de Higgs que vêm de lá – têm o propósito de dar massa às partículas. Isso não é diferente de um campo de partículas de neve, no qual a marcha impede o progresso; seus sapatos interagindo com as partículas de neve diminuem sua velocidade.

  • POR QUÊ OS CIENTISTAS PROCURAM PELO BÓSON DE HIGGS?

Ironicamente, o Modelo Padrão não prevê uma massa exata para o bóson de Higgs, Aceleradores de partículas tais como os do LHC são usados para procurar sistematicamente pela partícula ao longo de uma faixa de massas onde ele pode plausivelmente estar. O LHC trabalha colidindo e ‘esmagando’ dois raios de partículas sub-atômicas chamadas prótons (ou protões, para os meus colegas portugueses) a velocidades próximas à da luz. Isso gera um vasto ‘chuveiro’ de partículas que são criadas apenas em condições de altas energias.

O bóson de Higgs provavelmente nunca poderá ser observado diretamente, mas os cientistas no LHC têm procurado por um que fugazmente possa existir nessa sopa de partículas. Se ele se comportar como os pesquisadores pensam que ele o fará, ele deveria posteriormente decair em uma série de outras partículas, deixando um rastro que prova a sua existência.

O LHC não é a primeira máquina que procura pela partícula. Outra, de nome LEP, que também funcionou no CERN de 1989 a 2000, descartou a partícula até uma certa faixa de massas, e até o seu desligamento em 2011, o acelerador Tevatron procurou pela partícula numa faixa superior de massas. Na segunda-feira, o time do Tevatron liberou sua análise final, que tentadoramente aponta para uma partícula muito parecida com aquela que os dados do LHC sugerem.

  • QUANDO NÓS SABEREMOS SE ELA FOI REALMENTE ENCONTRADA?

Os físicos de partículas são notoriamente conservadores quando se trata de dize se eles encontraram algo. Se você jogar uma moeda 10 vezes e conseguir 8 coroas, você poderá pensar que a moeda está de alguma forma ‘viciada’. Mas apenas após centenas de jogadas você poderá afirmar isso com um tipo de certeza que os físicos requerem para uma descoberta “formal”.

O primeiro obstáculo é definitivamente determinar a massa da partícula – fazendo um confronto entre grupos de dados – e esta parte está quase concluída. A próxima etapa é certificar-se de que a partícula se comporta como a teoria prediz – como ela interage com outras partículas e como ela decai em outras partículas mais. Esta é a última fronteira da física de altas energias e uma completa e certa entrada no Modelo Padrão está provavelmente um pouco longe de acontecer. 

  • ENTÃO QUANDO?

Muitos físicos profissionais poderiam dizer que encontrar o bóson de Higgs na precisa maneira que a teoria prediz poderia ser um verdadeiro desapontamento. Projetos de larga escala tais como o LHC são construídos com o objetivo de expandir o conhecimento, e confirmar a existência da partícula exatamente onde nós esperávamos, enquanto poderia ser um grande triunfo para nossa compreensão da física, poderia ser muito menos excitante do que não encontrá-la. São esses tipos de surpresas que têm levado a revoluções na ciência.  

Fiquemos tranquilos, embora – se o padrão continuar e essa versão mais simples do bóson de Higgs tomar o lugar de honra no Modelo Padrão, muitas grandes questões permenecem. Afinal de contas, o Modelo Padrão explica a matéria como nós a conhecemos, mas existe muita razão para acreditar que a matéria ocupa apenas 4% do Universo observável. O resto – matéria escura e energia escura – pode se provar ainda mais difícil de definir. É como se nós estivéssemos próximos a completar um lado de um cubo de Rubik e sendo lembrados de que as outras cinco faces ainda estão bagunçadas. 

Fig5

• O Modelo Padrão é o mais simples conjunto de ingredientes – partículas elementares – necessários para criar o mundo como nós vemos.

 Quarks são combinados para produzir, por exemplo, os prótons e os nêutrons – os quais formam os núcleos dos átomos hoje – embora combinações mais exóticas existissem nos primeiros dias do Universo.

• Léptons existem em versões carregadas ou neutras; elétrons – são os létons carregados mais familiares – junto com os quarks produzem toda a matéria que podemos ver; os létons neutros são os neutrinos, que raramente interagem com a matéria.

 As “forças motrizes” (force carriers) são partículas cujos movimentos são observados como forças familiares, tais como as que estão por trás da eletricidade e luz (eletromagnetismo) e decaimento radioativo (força nuclear fraca).

 O bóson de Higgs surgiu porque apesar do Modelo Padrão se sustentar razoavelmente bem, nada requer que as partículas possuam massa; para uma teoria mais completa, o bóson de Higgs – ou algo além – precisa preencher essa lacuna.

 

P.S.: E porque ela é chamada de “Partícula de Deus”? 

Segundo essa outra fonte:

O bóson de Higgs é chamado de “Partícula de Deus” por causa de um livro que teve o título trocado. O Prêmio Nobel de Física, Leon Lederman, queria chamá-lo de “The Goddamn Particle” (“a partícula maldita”), por ser difícil de encontrá-la. O editor tirou o termo “damn” e colocou o título de “The God Particle”, já que temia que a palavra “maldita” fosse considerada insultante.

Aprenda qualquer assunto online com a Khan Academy — 19/03/2012

Aprenda qualquer assunto online com a Khan Academy

Em primeiro lugar, preciso apresentar a Khan Academy a quem ainda não a conhece.

Khan

Segundo o site da  Fundação Lemann, responsável pela vinda do projeto ao Brasil:

Khan Academy é uma organização não governamental que tem como objetivo contribuir para a melhoria da educação por meio de vídeo-aulas online disponibilizadas gratuitamente. Além dos vídeos, o site conta com um módulo de exercícios e um painel que permite ao usuário acompanhar seu desempenho. Todo conteúdo é aberto.

A Fundação Lemann, em parceria com o Instituto Natura e o Instituto Península, está trazendo a Khan Academy para o Brasil, traduzindo os vídeos de Aritmética, Biologia, Química e Física para o português e levando a ferramenta para escolas públicas.

A Fundação Lemann, em parceria com o Instituto Natura e o Instituto Península, está levando a ferramenta Khan Academy para as escolas públicas. Inicialmente, será um projeto piloto em 6 turmas de 5º ano (antiga 4ª série) de escolas municipais de São Paulo. O objetivo é contribuir para a melhoria do desempenho dos alunos em Aritmética e experimentar a metodologia em sala de aula, com a contribuição dos professores. No segundo semestre, a experiência deve ser levada a mais 15 escolas, totalizando 1000 alunos beneficiados.

No mês de Janeiro de 2012 saiu uma matéria na Veja falando sobre o trabalho do professor Salman Khan. Quem tiver interesse em ler, o artigo da Veja está aí abaixo:

A revista Exame publicou outra matéria sobre Salman Khan, a qual pode ser lida a seguir.

Feitas as devidas apresentações, trago a vocês o link do canal de vídeos da Khan Academy dublados em português. 

Acesse, assine e comece agora mesmo a estudar online tópicos de aritmética, química, física e biologia.

E o que é melhor, com a didática impecável do “melhor professor do mundo”!

Ah, e segundo o Cardoso no seu post para o Meio Bit, saiu um app para iPad que dá acesso a todo o material da Khan Academy, com direito a planos de estudo pré-determinados ou aprendizagem de assuntos de forma aleatória.

UNESCO divulga estudo sobre ensino médio brasileiro — 14/03/2012

UNESCO divulga estudo sobre ensino médio brasileiro

Vi a dica de post no facebook do Prof João Mattar e resolvi compartilhar com vocês aqui pelo blog.

Segue a notícia no original:

30e8b10a43

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil publicou na terça-feira (13/03) o estudo “Ensino Médio: Proposições para Inclusão e Diversidade”. O documento oferece subsídios aos gestores públicos da educação básica para a formulação de políticas e ações de expansão do ensino com qualidade.

A síntese é dividida em: legislação e normas nacionais para o ensino médio; estudos e informações oficiais e não oficiais sobre o ensino médio; questões relevantes e perspectivas para um ensino médio público de qualidade e recomendações aplicáveis às políticas e ações nacionais; considerações finais e recomendações.

Para ler a íntegra do estudo, clique aqui.

Na sequência do post eu disponibilizo o arquivo PDF da UNESCO.

EDIT: agora vai o arquivo pdf correto!

 

Encontrado o erro que nos fez crer em neutrinos mais rápidos que a luz — 09/03/2012

Encontrado o erro que nos fez crer em neutrinos mais rápidos que a luz

Parece que os resultados do “neutrino mais rápido que a luz“, anunciados em setembro de 2011 pelo consórcio OPERA na Itália, são devidos a um engano no final das contas.

Uma conexão errada entre uma unidade de GPS e um computador pode ter sido a causa.

Experimento_neutrinos

Físicos detectaram neutrinos viajando do laboratório do CERN em Genebra ao laboratório Gran Sasso próximo a L’Aquila que pareciam ter feito a viagem em torno de 60 nanosegundos mais rápidos que a velocidade da luz. Muitos outros físicos suspeitaram que esses resultados eram devido a algum tipo de erro, dado que estava em desacordo com a teoria especial da relatividade de Einstein, que diz que nada pode viajar mais rápido que a velocidade da luz. A teoria tem sido vindicada por muitos experimentos ao longo das últimas décadas. 

De acordo com fontes familiares ao experimento, a discrepância de 60 nanossegundos parece ser causada por uma conexão ruim entre o cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o “tempo de voo” dos neutrinos e uma placa eletrônica em um computador. Após apertar as conexões e então medir o tempo que leva para os dados viajarem por todo o comprimento do cabo de fibra ótica, pesquisadores detectaram que os dados chegam 60 nanossegundos antes do que o anteriormente assumido. desde que esse tempo é subtraido do tempo total de “voo”, isso parece explicar a chegada prematura dos neutrinos. Novos dados, entretanto, serão necessários para confirmar essa hipótese.  

FONTE

 

 

CNPq cria novos critérios para avaliar a produção científica — 06/03/2012

CNPq cria novos critérios para avaliar a produção científica

Matéria publicada pelo pessoal do blog do AIQ2011 e logo em seguida divulgada no facebook do Luis Brudna  (rápido no gatilho esse rapaz).

Cnpq3

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai acrescentar novos itens para divulgação pública na plataforma eletrônica Lattes, que apresenta currículos e atividades de 1,8 milhão de pesquisadores de todo o país. Os cientistas brasileiros deverão informar sobre a inovação de seus projetos e pesquisas, além de descrever iniciativas de divulgação e de educação científica. Eles também terão de mostrar na plataforma informações sobre a organização de feira de ciências, promoção de palestras em escolas, artigos e entrevistas concedidas à imprensa, além das informações básicas como dados pessoais, formação acadêmica, atuação profissional, etc. A ideia é fazer com que a sociedade conheça melhor as atividades científicas desenvolvidas no país. Com a nova mudança, a expectativa do presidente do CNPQ, o Prof. Dr. Glaucius Oliva, é despertar o interesse de “jovens talentos” para a ciência e criar uma nova cultura acadêmica em quatro anos, aproveitando o cenário atual de novos mestres e doutores formados no país.

É, acho que agora meu blog e meus sites vão valer alguma coisa aos olhos do governo. o/ 

Eu achei uma iniciativa bem simpática do CNPq, tem que tirar mesmo a ciência de dentro das academias e mostrar pro povão, de modo contrário vamos continuar amargando falta de profissionais nas áreas técnicas, como já acontece hoje.

Lucy in the Sky with (nano)diamonds —

Lucy in the Sky with (nano)diamonds

Vi a matéria no Canal Fala Química, no facebook.

Daí fui pesquisar o link original e compartilho a tradução agora com vocês:

Notícia publicada no dia 24 de Fevereiro de 2012

———————————

Pesquisadores australianos desenvolveram um modelo para resolver a origem dos nanodiamantes meteóricos, um quebra-cabeças cosmológico antigo. Seu trabalho pode também ter um impacto sobre um processo importante no planeta Terra: sintetizar diamantes artificiais.

Até recentemente, investigar a vida do universo em seus estágio iniciais era possível apenas através de espectroscopia. Pela observação da radiações antigas provenientes do espaço, os astrônomos podem efetivamente olhar para trás na história. Isso mudou no final dos anos 1980 quando nanodiamantes (minúsculas partículas de diamente de menos de 2 nm de tamanho obtidas a partir de meteoritos) mostraram conter isótopos nãp usuais de gases nobres que indicavam suas origens fora do nosso sistema solar.

‘Essas amostras foram realmente importantes porque foi a primeira vez que nós pudemos dizer “Isso realmente veio de fora do nosso sistema solar,”‘ disse Rhonda Stroud, que estuda nanodiamantes meteóricos no US Naval Research Laboratory em Washington.

Entretanto, desde a sua descoberta, os nanodiamentes têm confundido mais do que esclarecido, com a aparentemente conflitante evidência a respeito da sua idade e origem frustrar todas as tentativas de desenvolver um modelo realista para a formação dos nanodiamantes que se encaixe em todos os dados. Agora, Nigel Marks da Universidade Curtin em Perth, Australia, e seus colegas propuseram um novo modelo para a formação dos nanodiamantes, os quais eles acreditam oferecer a solução mais simples e óbvia. 

Formation of nanodiamonds

 

Na figura, à medida que as “cebolas” colidem com a superfície, elas se transformarm em diamantes.
© Phys. Rev Lett.

O modelo de Marks é baseado na colisão de “cebolas” de carbono – camadas concêntricas de moléculas de fulereno que podem ocorrer naturalmente no espaço. “Cebolas de carbono estão absolutamente em todos os lugares,” diz Marks, “em qualquer lugar que exista vapor de carbono, ele se resfria espontaneamente para formar essas estruturas concêntricas de cebola. O telescópio Spitzer tem mostrado que o espaço está cheio de fulerenos e eu ficaria tremendamente surpreso se ele não estivesse cheio dessas cebolas também. De fato, cebolas são mais fáceis de formar.” E à medida que elas se formam, as cebolas encapsulam outras espécies, fornecendo uma “explicação elegante para como os isótopos terminam capturados dentro dessas estruturas”. Quando essas cebolas colidem umas com as outras, ou com outros materiais, na velocidade adequada, a força do impacto faz com que ocorra uma transição de fase para a forma diamante.

Mark tropeçou na sua descoberta enquanto conduzia simulações computacionais para investigar anomalias estruturais em uma cobertura fina de carbono. “Nós rodamos muitas, muitas simulações,” disse Marks” e em boa parte dos casos nós observamos que se formou diamante. Nós descobrimos que esse grande enigma existia na astrofísica e quando nós procuramos as condições em nossas simulações, elas eram exatamente as encontradas no espaço.” Marks sugere que as condições ordinárias poderiam permitir a formação de nanodiamantes antes e durante a formação do nosso sistema solar, resolvendo a confusão relativa à evidência de idade dos nanodiamantes.

Rhonda Stroud diz que o modelo de Marks é bastante convincente mas pode não ser a única explicação. “Eu suspeito que existirão múltiplas origens, múltiplas populações de nanodiamantes e uma vez que nós possamos medi-las individualmente, nós estaremos aptos a distinguir os diamantes de diferentes origens”.

Stroud também nota que a identificação inequívoca da idade e origem de nanodiamantes específicos requerirá técnicas analíticas potentes que estão apenas começando a se tornar dispo níveis. 

“O processo de transformação das cebolas de carbono por choque é bastante realista,” confirma Sasha Verchovsky da Open University, Reino Unido, que também trabalha nos cálculos do fenômeno dos nanodiamantes. “Será interessante fazer esse experimento para produzir nanodiamentes a partir de cebolas de carbono.”

Para Marks, a verificação experimental desse modelo e suas implicações para a ciência dos materiais são o aspecto mais interessante do seu trabalho. “Nós queremos agora criar aparatos que contenham apenas cebolas de carbono e então controlas suas colisões com superfícies,” diz ele. “O que será a peça fundamental de evidência … nós estamos aptos a fazer coisas que nós normalmente não fazemos com carbono … e se funcionar, nós teremos uma nova forma de produzir diamante.”

Referências

N Marks, M Lattemann and D McKenzie, Phys. Rev. Lett., 2012, 108, DOI:10.1103/PhysRevLett.108.075503

Bônus: vídeo com uma animação da simulação computacional

Nova área da psicologia tenta entender comportamento científico — 24/02/2012

Nova área da psicologia tenta entender comportamento científico

Notícia ctrl-c+ctrl-v, mas tá valendo:

—————————————————————————————-

Quando questionada sobre por que é cientista, a geneticista Luiza Bossolani Martins, doutoranda da Unesp (Universidade Estadual Paulista), foi taxativa: “Desde pequena queria descobrir a cura de doenças. Não dá para explicar.”

Agora, a psicologia quer entender aquilo que Martins não consegue explicar: o que leva algumas pessoas a terem comportamento científico?

A atitude questionadora de quem quer entender o que está ao seu redor, independentemente de a pessoa ser mesmo cientista, é alvo de uma disciplina recém-criada, a “psicologia da ciência”.

Idealizada pelo psicólogo norte-americano Gregory Feist, da Universidade San Jose, na Califórnia, a área reúne pesquisas sobre os aspectos que envolvem o interesse pela ciência –tudo isso sob o guarda-chuva da psicologia.

Esses trabalhos já têm até periódico próprio: o jornal do ISPST (sigla de Sociedade Internacional de Psicologia da Ciência da Tecnologia).

“Entendendo os aspectos da personalidade, da cognição e do desenvolvimento do talento científico, teremos mais condições para incentivar jovens com essas qualidades para uma carreira em ciência”, disse Feist à Folha.

De fato, conversas com cientistas deixam claro que o incentivo, especialmente na escola, contam muito na escolha pela carreira científica.

“Sou cientista por uma razão muito simples: tive um professor de ciências na escola cujas aulas eram fascinantes”, conta o fisioterapeuta Nivaldo Parizotto.

Ele é professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e está nos EUA hoje para estudar a ação do laser no envelhecimento.

Outro relato comum entre os cientistas é uma vontade de “explicar o mundo”.

“Por que abriria mão de escrever um pouco mais sobre como as coisas funcionam?”, questiona o físico Pierre Louis de Assis, que faz pós-doutorado na Universidade Joseph Fourrier, na França.

12042335

 

FONTE

Via facebook do meu amigo Kendi.

Menina de 10 anos descobre molécula inédita — 07/02/2012

Menina de 10 anos descobre molécula inédita

Tradução do post de onde se originou a notícia:

Para Clara Lazen, 10 anos, uma atividade de sala de aula resultou em uma descoberta científica.

Como o seu Professor de Química, Robert Zoellner confirmou, a curiosidade da aluna de 5º ano levou a uma nova molécula, e sua primeira menção em um periódico científico.

Quando Kenneth Boehr instruía sua classe de 5º ano na Escola Border star Montessori em Kansas City (Missouri), a construir moléculas com kits de modelagem molecular, ele não esperava que um de seus estudantes fizesse uma descoberta científica.  

Mas isso foi o que aconteceu quando Clara Lazem, 10 anos, aleatoriamente arranjou uma combinação única de átomos de oxigênio, nitrogênio e carbono. O resultado foi uma molécula que Boher nunca tinha visto antes.

Então ele enviou um e-mail para um amigo de longa data e professor de Química na HSU Robert Zoellner, um Químico Computacional (o/) que usa softwares para modelar matematica as propriedades das moléculas. 

“Ken enviou-me uma foto da molécula no meu celular e comumente eu posso dizer corretamente se ela é real,” disse Zoellner. Desta vez, ele não pôde dizer isso.

Então ele colou o arranjo molecular no Chemical Abstracts, uma base de dados online pesquisável através da Bibllioteca da HSU que contém literatura relacionada a Química publicada desde 1904.

Apenas um artigo surgiu, Zoellner disse. Ele era para uma molécula com a mesma fórmula mas com um arranjo de átomos diferente do arranjo da molécula de Lazen.

Zoellner procurou um pouco mais atentamente e determinou que não apenas a molécula de Lazen era única, mas ela tinha potencial para estocar energia. Ela contém a mesma combinação de átomos que a nitroglicerina, um poderoso explosivo. Se um Químico sintético for bem sucedido em criar a molécula – batizada tetranitrato-oxicarbono – ela pode armazenar energia, criar uma grande explosão, ou fazer algo intermediário, disse Zoellner: “Quem pode saber?”

Zoellner submeteu um artigo sobre suas descobertas à edição de Janeiro da revista Computational and Theoretical Chemistry. Tanto Lazen quanto Boher estão listados como co-autores.

Em uma entrevista à mídia local, Lazen disse que ela nunca pensou que poderia ser uma autora de artigos publicados aos 10 anos de idade.

“Muitos jovens de 10-11 anos não têm seus nomes em um artigo científico”, disse ela ao jornal Kansas City Star.

Zoellner disse que ainda não sabe se o artigo científico vai ser aceito para publicação. Desde que os cientistas estão sempre procurando por novas formas de obter energia, os químicos sintéticos precisam tentar criar a molécula, ele disse. Se eles tiverem sucesso, eles podem descobrir uma nova forma de estocar energia.

Independente do que acontecer, a experiência já reforçou o interesse de Lazen em ciência, disse Zoellner. Ela é particularmente interessada em Biologia e em Medicina. É refrescante, disse Zoellner, porque existem tantas mulheres com temor à carreira científica à medida que vão envelhecendo.

“Mulheres são comumente melhor preparadas que os homens para o ensino médio e universidade mas elas decidem não seguir carreiras científicas por razões diversas”, diz Zoellner. “Se eu pudesse mantê-las e a alguns dos seus colegas interessados em ciências, eu seria bem sucedido”.