Por Digichem

Voltando à série de postagens históricas, falarei hoje de um personagem muito importante:
Geber, o sistematizador do conhecimento (al)químico no mundo árabe (e que influenciou grandemente a alquimia ocidental).
Quem entrar no site http://google.com hoje (dia 12 de agosto de 2013) vai se deparar com o Doodle abaixo:
Pra quem não sabe, Schrödinger é um dos pais da Mecânica Quântica (não, não é aquela coisa que pseudo-intelectuais como Jô Soares gostam de ficar arrotando na TV).
Ele, dentre outras coisas, deduziu matematicamente a equação de ondas, a qual permite estabelecer uma relação entre a energia de um sistema (pode ser uma molécula, por exemplo) e as ondas eletromagnéticas que o representam.
Nascido em Viena no ano de 1887, filho de um industrial e sua esposa anglo-austríaca, ele foi educado em casa quando criança e foi estudar física teórica na Universidade de Viena antes mesmo de prestar serviço militar voluntário, quando retornou à academia mais tarde para estudar física experimental.
Durante a primeira guerra mundial (blergh) ele interrompeu seus estudos antes que pudesse ser mandado de volta a Viena (em 1917) para ensinar em um curso de Meteologia.
Entretanto, tivemos que esperar até 1930 para que ele mudasse para sempre a face da física, foi quando ele produziu uma série de artigos no curto período de seis meses na área de física teórica.
Por volta de 1925, como professor de física na Universidade de Zurique e tirando férias nos Alpes, Schrödinger formulou uma equação de ondas que dava de forma acurada os níveis de energia de átomos. Ele formou, então, as bases do trabalho que o levaria a receber o prêmio Nobel de Física em 1933.
Nos anos subsequentes, ele repetidamente criticou as interpretações convencionais da mecânica quântica usando o paradoxo bem conhecido do “Gato de Schrödinger”. (por isso o gatinho no Doodle publicado pela Google hoje)
Esse experimento mental foi desenvolvido para ilustrar o que ele via como problema em torno da aplicação da clássica “interpretação de Copenhagen” da mecânica quântica aos objetos do cotidiano.
Outros trabalhos seus focaram-se em diferentes campos da Física, incluindo mecânica estatística, termodinâmica e teoria das cores.
No ano de 1944 ele escreveu um livro “What Is Life?”, no qual ele se voltou aos problemas da genética, dando um olhar mais próximo ao fenômeno da vida do ponto de vista da Física.
Ele faleceu em Viena em Janeiro de 1961 de tuberculose que afetou-o durante toda a sua vida. Foi enterrado na vila austríaca de Alpbach.
Resolvi tirar a preguiça do corpo e escrever um pouco mais sobre as descobertas que fundamentaram a ciência moderna.
Claro que eu vou continuar falando sem grandes pretensões, a minha ideia é informar sem esquecer o aspecto lúdico que a ciência pode ter. E, sempre que possível, vou lançar mão de recursos online para fazer isso.
O último post que escrevi fazia uma indagação: “Átomos são como pudins?”
Pelo menos foi a conclusão a que chegou o Sr. Thomson.
Agora, vamos conversar um pouco mais sobre os desenvolvimentos que levaram os cientistas ao modelo planetário.
Em 1872 ele experimentou misturar fenol e formaldeído, quase antecipando a descoberta do polímero baquelite do Sr. Leo Baekeland.
Em 1881 a Royal Society of London agraciou-o com a medalha Davy pelo seu trabalho com o o azul índigo.
Em 1905 ele foi agraciado com o Prêmio Nobel de Química em reconhecimento aos seus serviços prestados para o avanço da Química Orgânica e da Indústria Química.
E se você usa uma bela calça jeans com aquela linda cor azul, não se esqueça de agradecer ao Sr. Bayer pelo seu trabalho pioneiro. Antes dele, era preciso colher muitos quilogramas de folhas da planta para poder tingir algumas peças de tecido.
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